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BPI alcança lucros de 529,1 milhões de euros até Setembro
A venda da posição na Viacer e das subsidiárias ao CaixaBank impulsionou as contas do BPI em Portugal. Nos primeiros nove meses, o lucro chegou aos 529,1 milhões. Tinha sido de 22,6 milhões no período homólogo.
O Banco BPI registou um resultado líquido consolidado de 529,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, segundo o comunicado de apresentação de resultados do terceiro trimestre.
Os resultados do banco em 2018 têm sido impulsionados pela venda da participação na Viacer, dona da SuperBock, e da área de gestão de activos ao CaixaBank.
Nos primeiros nove meses do ano passado, a instituição financeira obteve um lucro de 23 milhões de euros, na altura penalizado pela desconsolidação do Banco de Fomento Angola (BFA) e pelo custo com programas de rescisões e reformas antecipadas. Sem esses impactos, a gestão defendia que os resultados recorrentes do banco eram de 312 milhões de euros.
Do resultado líquido de 529,1 milhões, a actividade nacional rendeu 324,4 milhões – 164,2 milhões dos quais da actividade recorrente e 160,2 milhões de impactos não recorrentes (alienação da posição na Viacer, venda das subsidiárias ao CaixaBank e também venda de negócio de acquiring).
Da actividade fora do país, o moçambicano BCI obteve lucros de 10,8 milhões de euros, ao passo que o BFA rendeu 193,7 milhões de euros.
Margem ganha com mais crédito
Em termos de resultado consolidado, a margem financeira do BPI (base do negócio bancário, diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos) subiu 9,1% para 315,2 milhões. O menor custo de financiamento pelos depósitos (taxas de remuneração mais baixas para os clientes) e o crescimento da carteira de crédito mais do que compensaram o aumento de encargos que o banco registou com a dívida subordinada emitida no ano passado e subscrita pelo seu accionista, o CaixaBank.
As comissões líquidas do banco presidido por Pablo Forero avançaram 5,6% para 201,5 milhões de euros.
Na soma das várias rubricas, o produto bancário alcançou um crescimento de 19,3% para 600,9 milhões de euros, sendo que em termos recorrentes o avanço é mais ligeiro, na ordem dos 7,4%.
O custo da estrutura da instituição fixou-se em 337,9 milhões de euros até Setembro, face aos 438,3 milhões registados no período homólogo, uma descida justificada sobretudo pela redução dos custos com pessoal.
A rubrica de imparidades e provisões também ajudaram as contas: o banco conseguiu reverter 10 milhões de euros em imparidades e recuperou ainda 18 milhões, num total de 28 milhões de euros.
A qualidade da carteira melhorou, com o rácio de exposições não produtivas (malparado e imóveis) a descer de 5,1%, no final de Dezembro, para 3,8%, em Setembro.
Em termos de capital, o rácio que mede os melhores fundos próprios do BPI ficou-se por 13,1%, comparáveis a 12,3% de Dezembro.
(Notícia actualizada às 17:27 com mais informação)