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Lucros do Bank Millennium recuam 49% até março para 29,7 milhões, mas superam estimativas
O Bank Millennium – detido em 50,1% pelo BCP – viu os lucros recuarem 49%, em termos homólogos, "condicionados" pelos encargos relacionados com empréstimos em francos suíços. Ainda assim, o resultado ficou acima do esperado.
O Bank Millennium – detido em 50,1% pelo BCP – viu os lucros recuarem 49%, em termos homólogos, no primeiro trimestre do ano, para 128,4 milhões de zlótis, o equivalente a 29,7 milhões de euros à taxa de câmbio atual, informou a instituição financeira liderada por Miguel Maya, através de um comunicado enviado à CMVM.
Ainda assim, os lucros superaram as estimativas dos analistas, compiladas pela Bloomberg, que apontavam para que o banco polaco registasse um resultado líquido de 124,5 milhões de zlótis até março.
No comunicado, o BCP explica que "os resultados do Bank Millennium no primeiro trimestre mantiveram-se condicionados pelos encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços que totalizaram 824 milhões de zlótis antes de impostos (190,9 milhões de euros)".
Quando ajustado a itens específicos (relacionados maioritariamente com encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços), o resultado líquido aumentou de 672 milhões de zlótis (142,9 milhões de euros) para 714 milhões de zlótis (165,2 milhões de euros), correspondendo a uma variação de 6% em moeda local.
A conversão de créditos em francos suíços para a moeda local, o zloty, é uma questão que se prolonga há vários anos. O Tribunal de Justiça da União Europeia, em 2019, determinou que os clientes dos bancos polacos podiam pedir aos tribunais que os contratos de crédito à habitação celebrados em 2008 e denominados em francos suíços fossem convertidos para a moeda local. Desde essa decisão, os bancos têm acumulado provisões.
A margem financeira do Bank Millennium registou um aumento homólogo de 7,3% para 1,35 mil milhões de zlótis (310 milhões de euros.
Do lado dos empréstimos, o crédito concedido às famílias manteve-se estável e registou uma subida de 6% se não forem tidos em conta os créditos denominado em moeda estrangeira. A quota de mercado de nova produção de crédito à habitação situou-se em 6,7% e a quota de mercado da nova produção de "cash loans" em 9%. Já os empréstimos concedidos às empresas registaram uma queda homóloga de 6%.
O rácio entre empréstimos e depósitos foi de 65,3%. O rácio de crédito com imparidade (fase três) fixou-se em 4,6%, uma melhoria ligeira face ao mesmo período do ano anterior (4,7%).
Os custos operacionais aumentaram 15% em termos homólogos, enquanto os proveitos "core" cresceram 6%. As comissões líquidas apresentaram uma redução de 1%.
Em termos de rácios de capital, houve um aperfeiçoamento da performance destes indicadores. O rácio
de capital total (TCR) cresceu de 14,1% para 18%, enquanto o rácio T1 passou de 11% para 14,9%, tendo ficado assim acima do patamar mínimo exigido pelo supervisor.
(Notícia atualizada às 8:51 horas).