Notícia
Banco polaco do BCP com lucros de 126,8 milhões após dois anos de contas negativas
O Bank Millenium, detido em mais de 50% pelo BCP, registou lucros em 2023, somando entre outubro e dezembro o quinto trimestre positivo. As contas foram penalizadas pelos custos dos processos legais das hipotecas em francos suíços.
O Bank Millennium - banco polaco detido em 50,1% pelo BCP - obteve um resultado líquido de 576 milhões de zlótis (o equivalente a 126,8 milhões de euros) em 2023, segundo avança o BCP, em comunicado enviado esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Estes números comparam com prejuízos de 1.015 milhões de zlótis (216,7 milhões de euros) em 2022.
Este é o primeiro resultado positivo anual, depois de dois anos a ser penalizado pelos custos derivados dos processos legais relativamente às hipotecas em francos suíços.
No quarto trimestre, o resultado líquido ascendeu a 115 milhões de zlótis (26,2 milhões de euros). Indica o banco que este é o quinto trimestre consecutivo com saldo positivo.
No entanto, ressalva a instituição financeira, "os resultados do Bank Millennium em 2023 mantiveram-se condicionados pelos encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços que totalizaram 3.338 milhões de zlótis (735,3 milhões de euros)".
Na nota enviada ao regulador, o BCP destaca que a margem financeira do Bank Millennium aumentou 57%, que as comissões líquidas diminuíram 3% e que os custos operacionais diminuíram 10% em termos homólogos. Já os proveitos operacionais, excluindo moratória de crédito, aumentaram 14% face a 2022.
No final de dezembro, o banco polaco tinha mais de três milhões de clientes ativos, mais 116 mil face a dezembro de 2022, registando-se, neste período, um aumento de 11% nos depósitos de particulares.
O banco português revela ainda que a sua subsidiária polaca registou um rácio de crédito com imparidades de 4,58%, o que compara com 4,45%. Já o rácio de capital total fixou-se em 18,06% e o rácio "tier 1" em 14,73%, face a 14,42% e 11,28%, respetivamente, em 2022.
"Os rácios de capital situam-se assim acima dos requisitos regulamentares (P2R) de 12,21% e 9,85%, respetivamente", acrescenta a instituição liderada por Miguel Maya.
Na conferência de resultados, o CFO da unidade polaca do Banco Comercial Português, Fernando Bicho, previu a estabilização da margem financeira líquida nos próximos trimestres de 2024, depois de esta ter diminuído para 4,24% no quarto trimestre de 2023, devido ao custo mais elevado do financiamento.
Por seu lado, o CEO João Brás Jorge disse na mesma conferência que o banco espera que o custo das provisões para cobrir o risco legal da carteira hipotecária em francos suíços em 2024 seja inferior aos 3,1 mil milhões de zlótis (710,5 milhõs de euros) registados em 2023. Além disso, o banco vê também a saída do programa de recuperação de capital por volta do segundo semestre de 2024 e tem planos para ser "extremamente" ativo na venda de empréstimos corporativos este ano.
Além disso, avaliará ainda quando será capaz de retornar ao pagamento de dividendos no âmbito da sua nova estratégia para 2025-2027, que será apresentada na segunda metade de 2024
Estes números comparam com prejuízos de 1.015 milhões de zlótis (216,7 milhões de euros) em 2022.
No quarto trimestre, o resultado líquido ascendeu a 115 milhões de zlótis (26,2 milhões de euros). Indica o banco que este é o quinto trimestre consecutivo com saldo positivo.
No entanto, ressalva a instituição financeira, "os resultados do Bank Millennium em 2023 mantiveram-se condicionados pelos encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços que totalizaram 3.338 milhões de zlótis (735,3 milhões de euros)".
Na nota enviada ao regulador, o BCP destaca que a margem financeira do Bank Millennium aumentou 57%, que as comissões líquidas diminuíram 3% e que os custos operacionais diminuíram 10% em termos homólogos. Já os proveitos operacionais, excluindo moratória de crédito, aumentaram 14% face a 2022.
No final de dezembro, o banco polaco tinha mais de três milhões de clientes ativos, mais 116 mil face a dezembro de 2022, registando-se, neste período, um aumento de 11% nos depósitos de particulares.
O banco português revela ainda que a sua subsidiária polaca registou um rácio de crédito com imparidades de 4,58%, o que compara com 4,45%. Já o rácio de capital total fixou-se em 18,06% e o rácio "tier 1" em 14,73%, face a 14,42% e 11,28%, respetivamente, em 2022.
"Os rácios de capital situam-se assim acima dos requisitos regulamentares (P2R) de 12,21% e 9,85%, respetivamente", acrescenta a instituição liderada por Miguel Maya.
Na conferência de resultados, o CFO da unidade polaca do Banco Comercial Português, Fernando Bicho, previu a estabilização da margem financeira líquida nos próximos trimestres de 2024, depois de esta ter diminuído para 4,24% no quarto trimestre de 2023, devido ao custo mais elevado do financiamento.
Por seu lado, o CEO João Brás Jorge disse na mesma conferência que o banco espera que o custo das provisões para cobrir o risco legal da carteira hipotecária em francos suíços em 2024 seja inferior aos 3,1 mil milhões de zlótis (710,5 milhõs de euros) registados em 2023. Além disso, o banco vê também a saída do programa de recuperação de capital por volta do segundo semestre de 2024 e tem planos para ser "extremamente" ativo na venda de empréstimos corporativos este ano.
Além disso, avaliará ainda quando será capaz de retornar ao pagamento de dividendos no âmbito da sua nova estratégia para 2025-2027, que será apresentada na segunda metade de 2024