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BCP encaixa lucro de 856 milhões de euros em 2023

O maior banco privado português melhorou o lucro face a 2022 e, seguindo a tendência no setor, beneficiou da subida das taxas de juro. "Temos muito orgulho em apresentar resultados positivos", afirma o CEO.

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Hugo Neutel hugoneutel@negocios.pt 26 de Fevereiro de 2024 às 17:03
O BCP apresentou nesta segunda-feira um resultado líquido de 856 milhões de euros consolidados, o mais elevado no histórico publicado pelo banco, que tem início em 2007.

O lucro multiplica por cerca de quatro o encaixe obtido em 2022. Há um ano o valor apresentado foi de 208 milhões de euros.

O valor foi comunicado pela instituição financeira em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Em Portugal o resultado foi de 724,9 milhões de euros.

"Hoje em dia parece que há uma certa vergonha das empresas apresentarem resultados positivos, mas nós temos muito orgulho disso", afirmou o CEO Miguel Maya na conferência de imprensa de apresentação dos resultados.


A margem financeira consolidada (diferença entre juros cobrados e pagos) cresceu para 2,8 mil milhões de euros, num crescimento expressivo de mais de 31% face a 2022. Em Portugal a subida foi ainda maior: aumentou 54,2%, de 951 milhões para 1.466 milhões de euros.

As comissões mantiveram-se estáveis nos 772 milhões de euros em termos consolidados e em torno de 560 milhões em Portugal.


As exposições não produtivas (NPE, sigla para a expressão inglesa "Non-Performing Exposures caoi de 2,22 mil milhões de euros para 1,95 mil milhoes (menos 12%). Em Portugal a descida foi de 18,7&, para 1,11 mil milhões de euros.

Os recursos totais de clientes cresceram 2,7% para 95,3 mil milhões de euros. Em Portugal a evolução foi em sentido contrário: desceu 2,3% para 66,67 mil milhões.

Em termos consolidados, o volume de depósitos à ordem desceu de 48,7 mil milhões de euros para 45 mil milhões de euros. Em Portugal caíram de 33,5 mil milhões para 28,3 mil milhões de euros.

Os depósitos a prazo cresceram, em termos consolidados, de 27,3 mil milhões para 32,9 mil milhões de euros. Na atividade doméstica, cresceram de 19,2 mil milhões de euros para 22,8 mil milhões de euros.

22 mil créditos renegociados

Em 2023 o BCP renegociou mais de 22 mil créditos à habitação, avançou o presidente executivo.

Mas desses, "menos de 2500 foram por dificuldades financeiras", disse Miguel Maya, acrescentando que ao abrigo do decreto lei decidido pelo Governo no final de 2022 com o objetivo de mitigar a subida das taxas de juro, foram 1170 renegociações.

Novo Banco não está no horizonte

Questionado sobre um eventual interesse no Novo Banco, Nuno Amado repetiu a ideia que "a estratégia é crescer organicamente e como estamos a ver, isso é possível", disse o chairman.

"Se houver um dia a necessidade de analisar, analisaremos", admitiu o presidente do Conselho de Administração, garantindo no entanto que a opção "não está no horizonte".

 

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