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Lucro da Caixa sobe 38% para 394,5 milhões de euros

A atividade doméstica aumentou de 232 milhões de euros para 344 milhões. Banco vai entregar 770 milhões ao Estado, entre dividendos, impostos e rendas.

Miguel A. Lopes / Lusa
16 de Maio de 2024 às 16:37
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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou um lucro de 394,5 milhões de euros no primeiro trimestre do ano. O resultado é 38,4% superior ao verificado no período homólogo.

Neste ano, o banco vai entregar 770 milhões de euros ao Estado, incluindo 525 milhões em dividendos e 14 a 15 milhões em rendas anuais, o que resulta em mais de um milhão de euros por mês. Estes valores são pagos desde o início do ano, quando a Caixa, depois de entregar o edifício sede ao Estado, passou a ser inquilina do Tesouro. Os impostos representam a parcela restante.

A atividade doméstica contribuiu com 344 milhões de euros para o resultado (mais 112 milhões do que em março de 2023), enquanto a operação internacional sofreu um decréscimo de dois milhões, para 51 milhões de euros.

Pela primeira vez os capitais próprios da instituição financeira detida pelo Estado excedem 10 mil milhões de euros.

Capitais próprios que são "gerados e atingidos com capital orgânico", sublinhou o CEO do banco público na conferência de imprensa de apresentação dos resultados.

Desde a recapitalização de 2017 a Caixa gerou 5.231 milhões de euros de capital, "superando em 1,33 vezes os 3.944 milhões de euros de investimento público do Plano de Recapitalização", sublinha o banco.

No final de março os rácios de capital da CGD atingiram 20,5% (CET1) e 20,7% (rácio total), já deduzidos do dividendo a distribuir no segundo trimestre. O capital da instituição excede em 50% o requisito regulamentar, segundo a apresentação das contas trimestrais do banco.

A CFO Paula Geada confirmou na conferência de imprensa que estão por devolver ao Estado 300 milhões de euros, sendo "intuito da Caixa proceder a esta devolução".

No primeiro trimestre, a margem financeira em Portugal rendeu 591 milhões de euros, acima dos 477 verificados um ano antes. O encaixe com comissões caiu de 120 milhões para 112 milhões de euros na atividade doméstica.

O volume de depósitos aumentou 2% para 70,5 mil milhões de euros, enquanto a carteira de crédito subiu de 52,6 mil milhões em dezembro de 2023 para 53 mil milhões no final do primeiro trimestre.

Nos empréstimos a empresas e ao setor público o crescimento foi de 1,7% para aproximadamente 20 mil milhões de euros.

A carteira de crédito à habitação teve uma queda residual de 0,3%, sendo agora de 24,5 mil milhões de euros.

Num ano marcado também pela renegociação de contratos de empréstimos por parte das famílias, a CGD contabilizou mais de 50 mil revisões de contratos.

Destes, perto de 22 mil foram através da redução do "spread" e mais de 23 mil foram alterados para taxa fixa. As regras criadas pelo Estado representaram quase 6.700 contratos.
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