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Luanda quer consolidar e credibilizar banca angolana
O Banco Nacional de Angola pretende fortalecer a banca local com mais "ética e moral" e pela concentração de bancos. Governador quer impor "as boas práticas internacionais". Milennium Altântico iniciou consolidação.
As operações de concentração de bancos são, para Valter Filipe, uma das formas de "criar mais robustez no sistema financeiro" de Angola. Daí que o próprio BNA esteja a "trabalhar numa reestruturação e consolidação de vários bancos angolanos", adiantou o governador, citado pela Lusa. O objectivo desta iniciativa é assegurar a estabilidade do sector financeiro, aumentar o financiamento à economia e, assim, dinamizar a actividade económica.
Millennium Atlântico quer ir para a bolsa
O primeiro passo no processo de reestruturação da banca angolana arrancou esta terça-feira com o lançamento oficial do Millennium Atlântico, detido em 22,5% pelo BCP e em 77,5% pelos accionistas que controlavam o Banco Atlântico, entre os quais Carlos Silva, presidente da nova instituição. Dentro de três anos, esta estrutura accionista deverá ser alterada, já que, segundo anunciou Nuno Amado em Luanda, a intenção é cotar o Millennium Atlântico em 2019. "Era interessante ser uma bolsa africana e uma bolsa europeia", afirmou o presidente do BCP à Lusa.
Para já, o objectivo é fazer crescer a instituição, que tem 11% de quota de mercado no crédito e de 9% dos depósitos. O objectivo é "claramente ultrapassar os 10% de quota de mercado, com rentabilidade e financiamento è economia", sublinhou o banqueiro.
Por imposição do BCE, o BPI tinha até 10 de Abril para ter uma solução para reduzir a sua exposição a Angola. Depois do fracasso do acordo entre Isabel dos Santos e o CaixaBank, o grupo catalão lançou uma OPA sobre o BPI para que a exposição a Angola se possa diluir.