Na sessão bolsista desta terça-feira, 3 de Maio, o BCP terminou o dia a perder 5,36% para 0,0371 euros, tendo mesmo sido a cotada mais penalizou a bolsa nacional. Ao longo do dia trocaram de mãos quase 378 milhões de títulos accionistas do banco liderado por Nuno Amado, volume que compara com a média diária dos últimos seis meses que não chega aos 322 milhões de títulos.

Desde o início deste ano o BCP já perdeu 23,27% do seu valor em bolsa, para uma capitalização bolsista que é actualmente de 2,2 mil milhões de euros.

A performance do BCP aconteceu um dia depois de o banco ter recuado mais de 1% em bolsa e de, já depois do fecho dos mercados, a instituição ter apresentado os resultados referentes ao exercício financeiros nos primeiros três meses de 2016.

O banco liderado por Nuno Amado registou lucros 46,7 milhões de euros no primeiro trimestre, uma quebra de 23,7% face aos 70,4 milhões de euros obtidos no período homólogo, mas que ainda assim ficaram acima das estimativas dos analistas. Os analistas consultados pela agência Reuters, por exemplo, antecipavam lucros de apenas 39 milhões de euros.

Na conferência de imprensa desta segunda-feira, Nuno Amado revelou ainda que o BCP estará na disposição de analisar uma eventual entrada na corrida à compra do Novo Banco: "Se pudermos, analisaremos", disse.

No entanto, os analistas do Haitong disseram, já esta terça-feira, que vêem "esta aquisição como pouco provável devido à significativa mobilização de capital que a instituição precisaria", embora admitam que o BCP "tenha de analisar a venda do Novo Banco dado que vai afectar de forma significativa a paisagem concorrencial em Portugal".