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Limites aos bónus na banca avançam à revelia de Londres
Os ministros europeus das Finanças selaram na terça-feira um acordo para introduzir, a partir de 2014, regras uniformes para o pagamento de prémios de desempenho no sector financeiro, que, em norma, passam a não poder exceder o valor do salário anual.
No limite, os bónus poderão duplicar a remuneração fixa, se tal for expressamente aceite por uma super-maioria de accionistas.
A intenção de limitar o peso dos prémios pagos no sector financeiro remonta a 2009, no rescaldo da Grande Crise. O argumento é o de que seu o elevado peso e o facto de estarem muito dependentes de resultados de curto prazo (não necessariamente sustentáveis) terá contribuído para a assunção de riscos excessivos que estiveram na base da mais recente crise financeira.
Sem surpresa, o Reino Unido ficou praticamente isolado a contestar um dos elementos centrais deste novo pacote de medidas, que estabelece ainda parâmetros mais ambiciosos para os rácios de capital da banca europeia, no quadro das regras de Basileia III. George Osborne, ministro das Finanças, voltou a argumentar que a legislação britânica é já das "mais exigentes e transparentes do mundo".
Os grandes bancos instalados na City preparam-se para contestar nos tribunais as novas regras.
