Notícia
Insolvência da Espírito Santo International e Rioforte adiada mais uma vez
A reclamação de créditos de duas empresas de topo do Grupo Espírito Santo pode ser feita até 30 de Setembro, mais quatro meses do que o previsto até aqui. Não foi avançado motivo para esta decisão.
Os processos de insolvência da Espírito Santo International e da Rioforte vão estender-se por mais tempo do que o previsto até aqui. Mais uma vez, o período para a reclamação de créditos foi prolongado, desta vez por mais quatro meses.
"Os curadores de insolvência solicitam aos credores para preencher as reclamações até 30 de Setembro de 2017", indica um comunicado, com data de 3 de Maio, colocado no site das insolvências das sociedades que o Grupo Espírito Santo que estão a decorrer no Luxemburgo.
Até aqui, as reclamações de créditos às duas sociedades do grupo de que Ricardo Salgado (na foto) era a principal cara tinham como prazo o dia 31 de Maio. "Os credores que já preencheram as suas reclamações no processo de insolvência não precisam de entregar um novo requerimento", avisam Alain Rukavina e Paul Laplume.
14 de Novembro de 2014 foi o primeiro prazo apontado para a entrega das reclamações. Desde aí, tem sido continuamente adiado, até para receber os requerimentos dos clientes do Banque Privée Espírito Santo. Contudo, nesta última vez, não foi dada qualquer justificação.
Até Dezembro, foram reclamados 4,9 mil milhões à ESI e 3,2 mil milhões à Rioforte. Os bens depositados actualmente pelos curadores representam entre 3% e 4% do total reclamado. Este ano, aconteceu já o lançamento da venda da fazenda que o GES tinha no Brasil. A alienação de activos é uma das formas para conseguir aumentar o valor a alcançar pelos credores.
A Pharol, que é credora da Rioforte, acredita que só irá conseguir receber, neste processo de reclamação de créditos, 9,56% do montante investido, ou seja, menos de 90 milhões dos 897 milhões de euros investidos.
A reclamação de créditos da ESI e Rioforte no Luxemburgo é uma condição indispensável para que os clientes do antigo BES, que aos seus balcões subscreveram papel comercial emitido por aquelas empresas, possam aceder à solução promovida pelo Governo e pelos reguladores para recuperarem até 75% do valor investido.
ESI, Rioforte, ES Control, ESFG, Esfil e Espírito Santo Industrial são as sociedades do GES em insolvência no Luxemburgo, onde estavam sediadas. Em Portugal, decorre o processo de liquidação do BES, o braço financeiro do grupo.