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BNY Mellon reclama 717 milhões de euros na insolvência da Espírito Santo Financial Group

Os investidores com três linhas de obrigações da ESFG depositaram no BNY Mellon a reclamação dos créditos na insolvência da "holding" do antigo Grupo Espírito Santo. Em causa estão, nestes títulos, 717 milhões de euros.

Pedro Elias
Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt 03 de Março de 2017 às 18:07

O BNY Mellon reclama 717 milhões de euros na insolvência da Espírito Santo Financial Group. A instituição financeira actua em nome dos investidores titulares de três séries de obrigações emitidas pelo antigo dono do Banco Espírito Santo.

 

"Como trustee [administrador fiduciário], o BNY Mellon Corporate Trustee Services foi nomeado para actuar em nome de todos os obrigacionistas", indica uma nota colocada no site da insolvência da ESFG, que se encontra em insolvência no Luxemburgo, onde estava sediada.

 

Tendo em conta essa missão, a unidade do banco norte-americano comunicou ser o responsável por reclamar os créditos de três linhas de obrigações da "holding" através do qual o Grupo Espírito Santo controlava o BES: os títulos subordinados que vencem em 2019; as obrigações convertíveis com maturidade até 2025; as obrigações com vencimento em 2018.

 

Ao todo, estas emissões totalizam 717 milhões de euros, que a instituição financeira pede o reembolso na insolvência em nome de todos os titulares. Sendo assim, se estes investidores já reclamaram, estas queixas serão retiradas para não haver duplicação.

 

A ESFG detinha 27,36% do BES e também o Banque Privée Espírito Santo, na Suíça (que se encontra em falência), e as instituições financeiras do grupo no Dubai e no Panamá. Além disso, era também a ESFG que controlava o grupo segurador Tranquilidade, que acabou por passar para o Novo Banco com a execução de uma penhora (e depois vendido à Apollo).

 

Segundo o relatório e contas de 2013, a instituição financeira que tinha Ricardo Salgado como presidente da administração e contava ainda com José Maria Ricciardi, Patrick Monteiro de Barros ou Pedro Brito e Cunha como administradores detinha dívida emitida de 12,6 mil milhões de euros no final daquele ano.

 

A ESFG estava admitida à negociação em bolsa mas a maioria do seu capital estava na Espírito Santo Irmãos, em insolvência em Portugal, que por sua vez dependia da Rioforte e da Espírito Santo International, sociedades que enfrentam o mesmo processo mas no Luxemburgo. Foi a descoberta da falsificação da dívida da ESI que desencadeou a derrocada do grupo.

 

Ao contrário das insolvências das "holdings" de topo do GES, ainda não há dados sobre o montante de crédito reclamado nos processos que envolvem a ESFG. 

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