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HSBC paga multa de 1,9 mil milhões de dólares nos EUA

O maior banco da Europa chegou a acordo com as autoridades norte-americanas para suspender uma acusação de branqueamento de capitais. A compensação acordada é a maior da história num processo aberto por falhas no controlo interno do banco.

11 de Dezembro de 2012 às 09:21
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O HSBC acordou com as autoridades pagar uma compensação de 1,92 mil milhões de dólares (1,49 mil milhões de euros) para suspender um processo de acusação por branqueamento de capitais nos Estados Unidos da América (EUA), segundo anunciou o banco em comunicado citado pela Bloomberg.

Com este acordo o banco reduz a incerteza a que estava sujeito mas assume uma perda superior aos 1,5 mil milhões de dólares que aprovisionou no segundo e terceiro trimestres. As autoridades norte-americanas encontraram indícios de que o banco britânico terá permitido que a sua filial norte-americana fosse usada para que grupos ligados ao terrorismo e tráfico de droga para aceder ao sistema financeiro norte-americano.

“Isto reduziu a incerteza, embora não tenha deixado o HSBC com caminho perfeitamente limpo”, dise o responsável de investimento do Pride Investment Group, Lewis Wan, à Bloomberg. “Os reguladores têm reforçado a supervisão dos bancos. Bancos como o HSBC terão de reforçar o cumprimento” da regulação, afirmou.

Além da maior penalização financeira por num acordo para suspender uma acusação de branqueamento de capitais, o banco vai reformular os sistemas de controlo interno, que falharam. Não será objecto de qualquer acusação criminal.

“Aceitamos a responsabilidade pelos erros que cometemos no passado”, disse o presidente executivo (CEO) do HSBC, Stuart Gulliver, no comunicado citado pela Bloomberg. “Dissemos que os lamentamos profundamente e dizemo-lo de novo. O HSBC de hoje é uma instituição fundamentalmente diferente da que cometeu esses erros”, acrescentou.

O HSBC vai pagar 1,92 mil milhões de dólares para suspender a acusação mas será poupado a acusações criminais. Nos resultados do terceiro trimestre, banco reforçou as provisões de 700 milhões de dólares para 1,5 mil milhões e o CEO não excluiu a hipótese de o banco ser acusada criminalmente.

 

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