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Ao minutoAtualizado há 43 min10h06

Tarifas de Trump menos agressivas levam Stoxx 600 a máximos históricos

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.

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há 43 min.10h06

Tarifas de Trump menos agressivas levam Stoxx 600 a máximos históricos

Os principais índices europeus estão a negociar em alta, com o índice de referência europeu, Stoxx 600, em máximos históricos, com os investidores animados por tarifas por parte da nova administração norte-americana menos agressivas do que o esperado.

O novo Presidente dos EUA já tinha revelado, logo no primeiro dia de mandato, que esperava implementar tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México a partir do dia 1 de fevereiro e prometeu tarifas sobre a União Europeia sem concretizar mais detalhes. Ontem reiterou que está a avaliar taxas de 10% sobre as importações da China.

A narrativa negativa das tarifas parece estar a desvanecer-se a ser substituída por uma crescente expectativa de que qualquer impacto das tarifas poderá ainda demorar semanas ou meses, o que daria às empresas ou países tempo para se ajustarem

O índice de referência europeu, Stoxx 600, soma 0,71% para 529,7 pontos - o valor mais elevado de sempre, superando o anterior máximo histórico alcançado em setembro.

Entre os maiores ganhos estão os setores industrial e de tecnologia que ganham em torno de 1%, depois de esta terça-feira o Presidente norte-americano ter apresentado uma "joint-venture", denominada Stargate, que junta a OpenAI, Oracle e SoftBank para investirem até 500 mil milhões de dólares em infraestrutura de IA nos Estados Unidos. Ainda a impulsionar o setor tecnológico estão as contas da Netflix do último trimestre do ano em que registou um crescimento recorde de subscritores.

As cotadas de petróleo e gás valorizam 1,15%, com os preços do petróleo a recuperarem de uma queda de mais de 2% na terça-feira, em que foram penalizados por planos de Trump para aumentar a produção de crude nos EUA.

Também o setor da saúde sobe mais de 1%, com a Novo Nordisk a liderar os ganhos, ao avançar mais de 2%, recuperando das perdas das últimas sessões. Já o retalho também ganha, à boleia de um salto de 6% da Adidas, depois da marca ter revelado vendas preliminares do quarto trimestre acima do esperado.

Os ganhos da Adidas impulsionaram o índice alemão DAX para máximos históricos, acima dos 21.263,2 pontos, ao subir 1,05%. Também o parisiense CAC-40 soma 0,68% para 7.823,61 pontos, a caminho de máximos de junho.

"O mercado acionista europeu é um bom lugar para se estar neste momento, porque teremos alguns catalisadores importantes como as eleições na Alemanha em fevereiro", justificou à Bloomberg Alberto Tocchio, gestor da Kairos Partners.

"As tarifas são outro tópico a observar no curto prazo, mas o mercado está a ficar com a ideia de que não deverá ser tão mau como se temia", completou.

Entre os restantes índices da Europa Ocidental, o italiano FTSEMIB ganha 0,42%, o britânico FTSE 100 sobe 0,38% e o espanhol IBEX 35 avança 0,18%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,3%. Por cá, o PSI soma 0,16%.

há 44 min.10h05

Juros aliviam na Zona Euro centrados em Lagarde

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar esta quarta-feira, com os investidores centrados na participação da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, num painel no Fórum Económico Mundial, dedicado ao tema "Para além da crise: desbloquear o potencial da Europa".

Será uma oportunidade para a responsável abordar o previsto rumo de descida das taxas de juro e a forma como a nova administração Trump poderá influenciar a política monetária em ambos os lados do Atlântico.

Ainda esta quarta-feira o governador do banco central dos Países Baixos e membro do conselho do BCE, Klaas Knot, afirmou que a expectativa dos investidores de cortes de juros em janeiro e março são razoáveis, mas que para os próximos encontros reina a incerteza.

As Bunds alemãs a dez anos, que servem de referência para o bloco europeu, aliviam 1,9 pontos base para 2,488%. Já a rendibilidade da dívida francesa, com a mesma maturidade, desce 3,1 pontos base para 3,241%.

Por cá, as "yields" das obrigações do Tesouro também a dez anos recuam 2,5 pontos base para 2,892%, enquanto os juros da dívida espanhola cedem 2,1 pontos base para 3,115%. Já as "yields" da dívida italiana estão descem 2,5 pontos base para 3,562%. 

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas aliviam para 4,577%. 

08h54

Tarifas a importações da China dão força ao dólar

O dólar está a negociar em alta e a recuperar das mais recentes perdas, com os investidores a avaliarem a imposição de tarifas às importações para os Estados Unidos. Donald Trump reiterou ontem que está a avaliar taxas de 10% sobre a China.

O novo Presidente dos EUA já tinha revelado, logo no primeiro dia de mandato, que está em cima da mesa a implementação de tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México a partir do dia 1 de fevereiro e prometeu também tarifas sobre a União Europeia sem concretizar mais detalhes.

O índice do dólar - que mede a força da "nota verde" contra outras divisas rivais - soma 0,08% para 108,152 dólares, enquanto o euro perde 0,16 para 1,0411 dólares.

A decisão de impor tarifas é "um exemplo da política intencional de incerteza da administração Trump", o que deverá "deixar o mercado e os parceiros comerciais a adivinhar o que vai acontecer, aumentado a incerteza", afirmou à Bloomberg Rodrigo Catril, analista do National Australia Bank.

08h53

Incerteza em torno de Trump impulsiona ouro

Os ouro está a negociar perto de máximos de quase três meses, à boleia de maior procura por ativos-refúgio derivado da incerteza em torno das políticas comerciais do novo Presidente dos Estados Unidos, mesmo com o dólar a recuperar das mais recentes perdas.

O metal amarelo soma 0,13% para 2.748,29 dólares por onça, após ter tocado máximos de novembro ainda na sessão desta quarta-feira.

"Há ainda alguma incerteza sobre quando Trump quer implementar tarifas aos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, causando muita incerteza na direção do dólar, que é o principal catalisador de curto prazo que impulsiona os preços do ouro", explicou à Reuters Kelvin Wong, analista da OANDA.

08h52

Petróleo em queda com investidores a avaliarem tarifas e possível aumento da produção nos EUA

Os preços do petróleo seguem a negociar em baixa, aprofundando as perdas das últimas sessões, com os investidores a incorporarem nos preços o impacto de uma guerra comercial dos Estados Unidos com várias frentes, que incluem o Canadá e o México e também a China.

O contrato de março do West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – perde 0,65% para 75,34 dólares por barril. Já o contrato de março do Brent – de referência para o continente europeu – desvaloriza 0,5% para os 78,89 dólares.

Ainda a centrar atenções estão as promessas, logo no primeiro dia do seu mandato, por parte do novo Presidente de aumentar a produção de petróleo e gás, incluindo uma declaração de emergência para acelerar as licenças de construção, reduzir as leis de proteção ambiental e retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris.

"A atenção do mercado petrolífero está a virar-se lentamente das sanções dos EUA contra a Rússia para a potencial política comercial do Presidente Trump", referem os analistas do ING numa nota.

07h55

Investimento em IA nos EUA anima futuros da Europa. China penalizada por tarifas

O índice japonês Nikkei 225 já ganha quase 28% este ano, tendo tocado no primeiro semestre máximos de três décadas. Já o Topix sobe cerca de 26%.

Os principais índices europeus estão a apontar para ganhos na abertura, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a avançarem 0,15%.

Os investidores estão otimistas com o maior investimento em inteligência artificial (IA) na segunda administração Trump, depois de esta terça-feira o Presidente norte-americano ter apresentado uma "joint-venture", denominada Stargate, que junta a OpenAI, Oracle e SoftBank para investirem até 500 mil milhões de dólares em infraestrutura de IA nos Estados Unidos.

O anúncio levou a uma escalada de mais de 10% das ações do japonês SoftBank e colocou o Nikkei a avançar 1,58%.

Ainda a centrar atenções está o cenário futuro relativamente à imposição de tarifas, depois de Donald Trump ter reiterado que está a avaliar taxas de 10% sobre a China, bastante inferiores aos 60% defendidos durante a campanha. Ainda assim, os índices chineses foram penalizados, com Shanghai Composite a recuar 0,89% e, em Hong Kong, o Hang Seng perde 1,58%.

No entanto, Trump ainda necessita de negociar com Pequim a venda de parte da rede social TikTok, o que está a amparar as perdas. Elon Musk, CEO da Tesla, e Larry Ellison, CEO da Oracle, são dois compradores sugeridos pelo presidente norte-americano.

O líder norte-americano também voltou a ameaçar a União Europeia com tarifas sem concretizar mais detalhes.

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