Notícia
Há três concorrentes à CGD de Espanha e quatro à de África do Sul
Ainda não se sabia quais os potenciais investidores admitidos pelo Governo a participar na nova fase das vendas da CGD em Espanha e África do Sul. Os nomes foram publicados esta sexta-feira em Diário da República.
15 de Junho de 2018 às 18:59
Há sete concorrentes que passaram à nova fase do processo de alienação das filiais que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) tem em Espanha e na África do Sul, segundo a resolução do Conselho de Ministros publicada esta sexta-feira em Diário da República. Em causa está a venda do espanhol Banco Caixa Geral e do sul-africano Mercantile Bank.
Para a sucursal em Espanha concorrem o banco Abanca Corporación Bancaria, o Banco de Crédito Social Cooperativo (Cajamar) e o fundo norte-americano de "private equity" Cerberus European Investments, tal como já tinha sido avançado. Pelo caminho ficaram a Caja Rural Castilla-La Mancha, a Socrates Capital Holdings Limited e a Weston Hill Asset Management.
Para a surcusal na África do Sul concorrem o consórcio composto pela Arise B.V. e Grindrod Limited (por intermédio do Grindrod Bank Limited), o banco Capitec Bank Limited, o banco Nedbank Group Limited e ainda o consórcio Riqueza, composto pela Public Investment Corporation SOC Limited (em nome do Government Employees Pension Fund) e a Bayport Financial Services. Pelo caminho ficaram mais de 14 interessados no Mercantile Bank.
A selecção dos nomes tinha sido decidida esta quinta-feira em Conselho de Ministros. "O Conselho de Ministros aprovou hoje [quinta-feira] as resoluções que determinam a selecção dos potenciais investidores admitidos a participar na fase subsequente do processo de alienação de acções detidas pela Caixa Geral de Depósitos", referia o comunicado.
Depois da escolha, o Executivo passa a responsabilidade do dossiê para a vendedora, a CGD. "Os investidores seleccionados serão convidados a desenvolver diligências informativas e a proceder à apresentação de propostas vinculativas de aquisição das acções", assinalava o Governo no mesmo comunicado.
A decisão do Governo é tomada depois da publicação em Diário da República dos cadernos de encargos das duas alienações, em que um dos pontos é a garantia de que o banco dará prioridade aos investidores que assegurariam a continuidade de uma relação comercial. Esta nova fase tem início depois de a CGD ter recebido propostas não vinculativas pelas instituições, tendo feito uma proposta de selecção de investidores para sugerir ao gabinete de Mário Centeno.
Por conta do plano estratégico acordado com a Comissão Europeia, a Caixa está a vender várias participações em instituições internacionais, sendo que as mais avançadas são Espanha e África do Sul. O Brasil, por exemplo, está atrasado por questões políticas, apesar de o Governo já ter iniciado o processo tendente à sua venda. A sucursal francesa também teria de ser vendida, mas a gestão de Paulo Macedo quer manter esta unidade, querendo, para isso, negociar com Bruxelas, ainda que os trabalhadores estejam em greve a contestar a ausência de respostas e garantias de Lisboa.
Por respeitarem regras de privatizações, estas operações de venda de operações da Caixa no estrangeiro estão sujeitas a um controlo mais apertado (o Tribunal de Contas vai ter acesso a todos os dados no final dos procedimentos). É, aliás, por isso, que o Governo lidera o dossiê (com Mário Centeno e Ricardo Mourinho Félix a assumirem a dianteira).
Para a sucursal em Espanha concorrem o banco Abanca Corporación Bancaria, o Banco de Crédito Social Cooperativo (Cajamar) e o fundo norte-americano de "private equity" Cerberus European Investments, tal como já tinha sido avançado. Pelo caminho ficaram a Caja Rural Castilla-La Mancha, a Socrates Capital Holdings Limited e a Weston Hill Asset Management.
A selecção dos nomes tinha sido decidida esta quinta-feira em Conselho de Ministros. "O Conselho de Ministros aprovou hoje [quinta-feira] as resoluções que determinam a selecção dos potenciais investidores admitidos a participar na fase subsequente do processo de alienação de acções detidas pela Caixa Geral de Depósitos", referia o comunicado.
Depois da escolha, o Executivo passa a responsabilidade do dossiê para a vendedora, a CGD. "Os investidores seleccionados serão convidados a desenvolver diligências informativas e a proceder à apresentação de propostas vinculativas de aquisição das acções", assinalava o Governo no mesmo comunicado.
A decisão do Governo é tomada depois da publicação em Diário da República dos cadernos de encargos das duas alienações, em que um dos pontos é a garantia de que o banco dará prioridade aos investidores que assegurariam a continuidade de uma relação comercial. Esta nova fase tem início depois de a CGD ter recebido propostas não vinculativas pelas instituições, tendo feito uma proposta de selecção de investidores para sugerir ao gabinete de Mário Centeno.
Por conta do plano estratégico acordado com a Comissão Europeia, a Caixa está a vender várias participações em instituições internacionais, sendo que as mais avançadas são Espanha e África do Sul. O Brasil, por exemplo, está atrasado por questões políticas, apesar de o Governo já ter iniciado o processo tendente à sua venda. A sucursal francesa também teria de ser vendida, mas a gestão de Paulo Macedo quer manter esta unidade, querendo, para isso, negociar com Bruxelas, ainda que os trabalhadores estejam em greve a contestar a ausência de respostas e garantias de Lisboa.
Por respeitarem regras de privatizações, estas operações de venda de operações da Caixa no estrangeiro estão sujeitas a um controlo mais apertado (o Tribunal de Contas vai ter acesso a todos os dados no final dos procedimentos). É, aliás, por isso, que o Governo lidera o dossiê (com Mário Centeno e Ricardo Mourinho Félix a assumirem a dianteira).