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Governo pede ao Santander soluções para lesados do Banif

Diogo Lacerda Machado, negociador de António Costa para os lesados do BES, revela que o Governo pediu ao Santander uma solução para os lesados do Banif. O assessor está disponível para continuar a trabalho para o Governo.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 29 de Dezembro de 2016 às 09:17
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Perante o falhanço da primeira proposta apresentada pelo Santander para os investidores lesados pela resolução do Banif, o Governo pediu ao banco espanhol que ficou com o antigo Banco Internacional do Funchal que pondere uma nova proposta. A revelação foi feita em entrevista ao Público por Diogo Lacerda Machado, assessor do Governo, e o homem que tem conduzido algumas negociações do Executivo, em nome de António Costa, incluindo o recente acordo para os lesados do BES.

"Houve expressão desta vontade e de que seria certamente um gesto muito apreciado, se houvesse uma nova oportunidade mais adequada para estes lesados" do Banif, responde ao Público, acrescentando que o pedido decorreu numa "conversa exploratória que correu bem" e que embora nenhuma porta se tenha a aberto, também não terá fechado: "Não senti que não viesse a haver uma possibilidade adiante", diz.

Lacerda Machado sublinha que há diferenças significativas entre lesados do BES e lesados do Banif. É que no segundo caso, ao contrário do que se passou no BES, a CMVM nunca defendeu que os investidores tinham sido enganados. Ainda assim, entende que seria positivo o Santander procurar uma solução que pudesse ir ao encontro das expectativas dos lesados do Banif, visto que a primeiro proposta comercial do banco espanhol "foi aceite por muito poucos".

"Objectivamente não era uma solução que desse resposta aos anseios dos lesados. Pode ser que o banco Santander tendo percebido que a solução não funcionou para a larguíssima maioria destes lesados, desenhe uma outra solução", acrescenta, o assessor governativo.

Na entrevista, Lacerda Machado revela ainda que está disponível para continuar a trabalhar para o Governo em 2017. O contrato que firmou com o Governo para prestação de serviços de assessoria termina no final do ano, e diz que está "completamente disponível para" continuar. Embora não tenha sido contactado para o efeito, não crê "que seja um problema".

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