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Horta Osório: Solução para os lesados do BES "só peca por tardia"

O presidente executivo do Lloyds aprova a solução encontrada pelo Governo para os lesados do BES e pede um plano de médio prazo para reduzir a dívida pública.

Miguel Baltazar/Negócios
22 de Dezembro de 2016 às 19:32
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"Sempre disse desde a primeira vez que o problema dos lesados do BES devia ser resolvido de forma justa e equitativa. A solução apenas peca por ser tardia", sublinhou esta tarde António Horta Osório, à margem da conferência MBA Portugal, onde foi um dos oradores convidados.

 

Em Abril, o banqueiro já tinha dito numa conferência organizada pelo Jornal de Negócios que chegar a uma solução para os lesados do BES era "uma questão de moralidade".  

 

Esta semana, o Governo anunciou ter encontrado uma forma de minorar as perdas dos clientes do BES penalizados com papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES). O modelo suscitou muitas perguntas que ainda não têm resposta, como o impacto que essa operação poderá ter nas contas públicas.

 

Questionado também pelos jornalistas sobre o caminho que o Governo português está a percorrer e a ligação próxima com o Presidente da República, Horta Osório elogiou essa "sintonia". "Só pode ser benéfico para Portugal."

 

Ainda assim, deixou um alerta: é necessário um plano de médio prazo para conter a ainda muito elevada dívida pública. "Portugal tem feito esforços enormes nos últimos anos e é muito importante que esses esforços não sejam desbaratados e que haja um plano de longo prazo para que a dívida em relação ao produto continue a descer e possamos viver dentro das nossas posses e tenhamos os recursos necessários para inovar e investir em infra-estruturas e outros projectos que melhorem a vida das populações", sublinhou. "Para ter capacidade de investimento temos de ter alguma folga de endividamento."

 

Durante a sua intervenção na abertura da conferência, organizada na Gulbenkian, Horta Osório referiu o aumento do endividamento em todo o mundo desde a crise financeira e a falta de eficácia que as políticas monetárias parecem estar a demonstrar. O que fazer se as taxas de juro baixas e os programas de compra de activos (QE) não estão a resultar? Para o CEO do Lloyds, a solução passa por aumentar o investimento em infra-estruturas, aproveitando os juros baixos; desenvolver mais os mercados de capitais; e apostar mais em inovação.

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