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Governo também procura solução para os lesados do Banif
Depois do BES, o Banif. O primeiro-ministro admitiu esta quinta-feira que a situação dos lesados do BES é diferente da dos lesados do Banif e garantiu estar à procura de uma solução também para estes últimos.
O primeiro-ministro, António Costa, admitiu esta quinta-feira estar à procura de uma solução para os lesados do Banif, embora reconheça que há diferenças entre esta situação e a dos lesados do BES, para os quais foi apresentada esta semana uma proposta que permite aos investidores recuperar parte das perdas.
À saída do debate quinzenal, o chefe do Governo referiu-se aos lesados do Banif, afirmando que a "situação (é) distinta da dos lesados do BES". No entanto, Costa deixou a garantia de estar a avaliar uma solução. "Não ignoramos" esta situação, para a qual "também estamos procurando encontrar soluções".
O chefe do Executivo não entrou em detalhes, salientando que o Governo defende a estabilidade do sector bancário e que isso também passa por dar confiança aos produtos financeiros que são vendidos pelas instituições financeiras.
O Banif foi objecto de resolução no final de 2015, tendo sido vendido ao Santander.
Esta terça-feira, o Governo Regional da Madeira considerou, em comunicado, como "muito positiva" a solução encontrada pelo Executivo nacional para os lesados do BES e disse esperar que seja encontrado um "desfecho favorável" semelhante para o caso do Banif.
O primeiro-ministro defendeu esta quinta-feira a solução encontrada para os lesados do BES, argumentando que esta representa um "risco diminuto" para as contas públicas e que livra as entidades públicas de litigância, ao responsabilizar os que estiveram na origem da resolução do BES.
Além disso, o primeiro-ministro reconheceu ainda a situação dos investidores que ficaram fora da solução encontrada pelo Executivo. "Não ignoramos as pessoas que não estão abrangidas por este acordo. Seja aqueles que recusaram no passado propostas feitas pelo Novo Banco, seja a situação daqueles que, tendo feito investimento através de instituições com menor transparência, designadamente offshores, tem sido mais difícil apurar os seus créditos."
"Temos continuado a trabalhar - sei que a administração do Novo Banco está a trabalhar para podermos continuar a estudar hipóteses de solução para essas situacões", acrescentou.