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Fusão do Millennium Angola com Privado Atlântico avança
A escritura de fusão do Millennium Angola e do Privado Atlântico foi autorizada. Nasce o Millennium Altântico. BCP pode, agora, avançar com devolução de parte da ajuda pública que ainda falta pagar.
O BCP, que detém 50,1% do Millennium Angola, e a sociedade angolana Global Pactum, maior accionista do Banco Atlântico (com 72,35%), anunciaram em Outubro do ano passado que iriam avançar para a fusão das duas entidades, criando o terceiro maior banco de Angola em activos e o segundo em crédito, com uma quota de 10%.
O banco liderado por Nuno Amado fica com 20% da nova instituição, reduzindo a sua exposição a Angola.
Nasce assim o Millennium Atlântico, cuja operação deverá avançar em Maio, segundo já noticiou o Negócios. A nova instituição financeira pretende dispersar 33% do seu capital na bolsa de Luanda.
O Millennium Atlântico ocupará o sexto lugar no "ranking" de depósitos com uma quota de mercado de 9% e ascenderá a terceiro maior banco de Angola avaliado pelo critério de crédito líquido concedido, com uma quota de 11%.
A fusão do Millennium Angola e do Atlântico vai permitir a integração das operações angolanas de duas instituições que são parceiras desde 2008, parceria que, no entanto, até agora se resumia ao cruzamento de participações entre o banco liderado por Nuno Amado e o banco controlada pelo banqueiro angolano Carlos Silva, também vice-presidente não executivo do BCP.
Nuno Amado, presidente do BCP, admitiu, na semana passada, à margem da assembleia-geral de accionistas, que a devolução da ajuda pública dependia do processo de fusão em Angola. "Dissemos que faríamos [a devolução do auxílio] logo que a fusão esteja completada. Esperamos [que tal aconteça] nas próximas duas a três semanas", disse aos jornalistas Nuno Amado, no final da assembleia-geral de accionistas do BCP. Mas não referiu o valor que pretendia devolver nesta fase.
(Notícia actualizada às 8:30 com mais informações e às 8:48 com comentário da Haitong)