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Fusão do Millennium Angola com Privado Atlântico avança

A escritura de fusão do Millennium Angola e do Privado Atlântico foi autorizada. Nasce o Millennium Altântico. BCP pode, agora, avançar com devolução de parte da ajuda pública que ainda falta pagar.

Miguel Baltazar/Negócios
25 de Abril de 2016 às 08:10
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"Foi outorgada a escritura de fusão do Banco Millennium Angola com o Banco Privado Atlântico", avança o BCP em comunicado à CMVM. O Negócios já tinha avançado a luz-verde concedida pelo Governo de José Eduardo dos Santos e do Banco Nacional de Angola

BCP, que detém 50,1% do Millennium Angola, e a sociedade angolana Global Pactum, maior accionista do Banco Atlântico (com 72,35%), anunciaram em Outubro do ano passado que iriam avançar para a fusão das duas entidades, criando o terceiro maior banco de Angola em activos e o segundo em crédito, com uma quota de 10%. 

 

O banco liderado por Nuno Amado fica com 20% da nova instituição, reduzindo a sua exposição a Angola.


Que benefícios tem o BCP com a fusão em Angola?
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O BCP reduziu a sua exposição em Angola com a fusão entre do Millennium Angola e o Atlântico. Maria João Gago, redactora principal do Negócios, explica qual o impacto dessa operação para o banco liderado por Nuno Amado.


Nasce assim o Millennium Atlântico, cuja operação deverá avançar em Maio, segundo já noticiou o Negócios. A nova instituição financeira pretende dispersar 33% do seu capital na bolsa de Luanda. 

O Millennium Atlântico ocupará o sexto lugar no "ranking" de depósitos com uma quota de mercado de 9% e ascenderá a terceiro maior banco de Angola avaliado pelo critério de crédito líquido concedido, com uma quota de 11%. 


A fusão do Millennium Angola e do Atlântico vai permitir a integração das operações angolanas de duas instituições que são parceiras desde 2008, parceria que, no entanto, até agora se resumia ao cruzamento de participações entre o banco liderado por Nuno Amado e o banco controlada pelo banqueiro angolano Carlos Silva, também vice-presidente não executivo do BCP.

Os analistas do Haitong já se pronunciaram sobre este anúncio de finalização da fusão, dizendo que era já um movimento aguardado, ainda que tenha sofrido atrasos devido a mudanças no Banco de Angola. Ainda assim, "o finalizar do acordo é um marco material para o BCP nas negociações com os reguladores para o pagamento da ajuda pública" que ainda falta reembolsar, num total de 750 milhões de euros.

Nuno Amado, presidente do BCP, admitiu, na semana passada, à margem da assembleia-geral de accionistas, que a devolução da ajuda pública dependia do processo de fusão em Angola. "Dissemos que faríamos [a devolução do auxílio] logo que a fusão esteja completada. Esperamos [que tal aconteça] nas próximas duas a três semanas", disse aos jornalistas Nuno Amado, no final da assembleia-geral de accionistas do BCP. Mas não referiu o valor que pretendia devolver nesta fase.



(Notícia actualizada às 8:30 com mais informações e às 8:48 com comentário da Haitong)

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