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Suspeitas em processo arquivado a vice-presidente do BCP - CM
Carlos Silva, vice-presidente do Millenium BCP, foi investigado no âmbito de um processo por branqueamento de capitais e fraude fiscal, arquivado em 2014. O gestor foi inquirido na altura mas o processo não avançou, refere o Correio da Manhã desta terça-feira, 26 de Abril.
Depois da prisão do procurador Orlando Figueira, o arquivamento de um processo em que foi investigado o vice-presidente do BCP, Carlos Silva levantou algumas dúvidas, avançou o Correio da Manhã.
O jornal recordou que o gestor foi investigado no âmbito de um processo por branqueamento de capitais e fraude fiscal, que acabou arquivado em 2014.
Segundo o CM, Carlos Silva era titular de 39 contas bancárias – ou estava autorizado a movimentá-las – espalhadas por 10 bancos diferentes, sendo que só no BCP tinha seis (três em dólares e três em euros) com mais de 61 milhões de euros.
Carlos Silva foi inquirido, numa diligência que durou 30 minutos, e não soube identificar a origem do dinheiro, diz o CM, referindo apenas que estaria relacionado com as suas actividades empresariais.
O seu advogado, Daniel Proença de Carvalho, juntou mais tarde, ao processo, vários extractos com os quais pretendia justificar a origem dos fundos, que incluem várias transferências realizadas através do BCP Cayman para contas em Portugal, que foram sinalizadas pelo departamento de "compliance" do banco, em alertas comunicados à administração do banco, segundo o CM.
O jornal avança ainda que numa das contas há uma ordem de pagamento de cinco milhões de dólares (4,4 milhões de euros) justificada como "fornecimento de mercadorias".