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Fosun disponível para reforçar no BCP

Jorge Magalhães Correia reitera que a Fosun pode reforçar a sua participação no BCP. O partner do grupo chinês, que preside à Fidelidade, mostrou-se, em declarações à Bloomberg, satisfeito com o investimento. No mesmo dia em que a Sonangol afirmou que o banco era estratégico.

Lusa
Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt 01 de Março de 2018 às 12:01

A Fosun assume-se disponível para reforçar a sua participação no Banco Comercial Português (BCP). O conglomerado chinês detém uma posição acima de 25% e tem autorização para poder ascender a uma fasquia de 30%.

 

"A nossa posição é considerável e pode ser reforçada", afirmou na quarta-feira, 28 de Fevereiro, Jorge Magalhães Correia, presidente da Fidelidade e partner global da Fosun, à agência Bloomberg.

 

O último aumento de participação ocorreu em Setembro, quando o conglomerado avançou de uma posição de 23,92% para 25,16% do BCP.

 

Para o grupo chinês, esta possibilidade de reforçar esteve sempre em cima da mesa, desde que entrou no banco no final de 2016, mas a aquisição de acções só será feita tendo em conta as condições de mercado. A Fosun recebeu do Banco Central Europeu a possibilidade de ascender aos 30% do capital do banco.

 

"Estamos muito contentes" com o investimento na instituição, continuou o responsável, nas declarações à agência de informação na quarta-feira, 28 de Fevereiro. Segundo Magalhães Correia, o desempenho em bolsa e a estabilidade são factores positivos no que diz respeito ao BCP.

 

A demonstração de confiança no investimento BCP por parte da Fosun, a maior accionista, ocorreu depois de também a Sonangol, segunda maior accionista, ter sublinhado que o banco tem melhorado "substancialmente" a sua actividade e que é estratégico para a entidade. A Sonangol detém 15%, segundo os últimos dados oficiais, mas há notícias que dão conta que o investimento está já perto de 19% - só no relatório e contas do banco, ainda por revelar, é que será divulgado o valor exacto. De qualquer forma, a petrolífera angolana não pode superar os 20%, já que a autorização do BCE que o permitia caducou. 

 

Estes são elogios ao banco que tem sido gerido, diariamente, por Nuno Amado, que deverá agora continuar na presidência executiva. Os grupos chinês e angolano estão a trabalhar em conjunto para a constituição da nova administração e de um novo modelo de negócio para a instituição financeira, cuja constituição tem de ser sujeita à votação dos accionistas em Maio próximo. 

São também considerações positivas depois de o BCP ter apresentado um lucro de 186,4 milhões de euros em 2017, um valor que multiplica por mais de sete vezes o valor reportado no ano anterior.

 

Esta quinta-feira, 1 de Março, o banco presidido por Nuno Amado cede 2,2% para valer 28,85 cêntimos, acompanhando a queda do índice PSI-20, que também recua mais de 2%.

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