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Nuno Amado passará a "chairman" do BCP. Miguel Maya será CEO

O BCP estará a estudar alterar o modelo de governação e Nuno Amado deverá passar a "chairman" da instituição, avançam o Expresso e o ECO. Miguel Maya passará a presidente-executivo.

O BCP continua a ser um dos títulos preferidos dos especuladores em Lisboa. Ainda assim, as apostas contrárias no banco liderado por Nuno Amado desceram nos últimos meses. AQR Capital Management, Lansdowne Partners, Marshall Wace e Oceanwood Capital Management são os 'hedge funds' com posições a descoberto comunicadas no banco. No total, há 3,75% do capital em apostas contrárias, avaliadas em 175,5 milhões de euros.
10 de Março de 2018 às 11:43
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Nuno Amado deverá manter-se no Banco Comercial Português (BCP), mas poderá deixar de ser CEO e passará a "chairman". Segundo o Expresso e o ECO, o banco e os seus maiores accionistas, a Fosun e a Sonangol, juntamente com as autoridades de supervisão nacional e europeia estarão a trabalhar nas alterações ao modelo de governação do banco. Em causa, estará o reforço do papel do "chairman" junto da comissão executiva. O objectivo é que tenha mais poderes para que possa intervir de forma mais participativa em assuntos estratégicos para o grupo.
De acordo com a informação avançada pelo ECO e pelo Expresso, António Monteiro deixará de ser "chairman" da instituição, sendo substituído por Nuno Amado que terá competências reforçadas. Já Miguel Maya passará a presidente-executivo da instituição. António Monteiro será presidente da Fundação BCP que é hoje liderada por Fernando Nogueira, segundo o ECO.
 
O Expresso sublinha que a permanência de Nuno Amado no banco é dada como certa, pelo que a continuidade de alguns dos actuais administradores executivos também será. Contudo, várias fontes ouvidas pelo semanário garantem que nada está fechado.
 
Miguel Maya é hoje vice-presidente do banco e está nos quadros desde 1996. Começou, em 1990, no Banco Português Atlântico, depois comprado pelo BCP. Tem como áreas de responsabilidade directas várias direcções como a de crédito, recuperação especializada, entre outros cargos junto de operações exteriores como em Moçambique, Angola e Polónia.   
Estes nomes ainda têm de passar o teste "fit and proper" do Banco Central Europeu (BCE) e a Assembleia-Geral onde estas alterações serão aprovadas deverá ocorrer a 15 de Maio, diz o ECO. O mesmo site adianta que está em discussão com o BCE até a terminologia dos cargos. Isto porque a redistribuição de poderes poderá justificar a designação de "chairman" executivo e de vice-presidente executivo, aspecto para o qual o BCE parece pouco disponível. As listas deveriam ter sido entregues, no início de Fevereiro, ao regulador europeu.
 
Este processo terá sido atrasado por alguns factores externos, nomeadamente a forma como a Sonangol encaixava o banco nacional nas suas decisões de investimento. A petrolífera já adiantou que o BCP continua a ser estratégico. E depois deste anúncio arrancaram as negociações sobre os novos órgãos sociais da instituição financeira com a Fosun. 
O Expresso e o Jornal Económico avançam que o BCP deverá seguir a recomendação do BCE de reduzir o número de membros do Conselho de Administração para 17, quando podia ir até aos 23. 
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