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FMI quer bancos com “metas ambiciosas para reduzir o malparado”

O FMI quer que os bancos tenham planos com “metas ambiciosas para reduzir o malparado” e avisa que “a limpeza generalizada dos seus balanços é essencial para quebrar o ciclo vicioso” do sector. O Fundo diz que “o elevado nível de dívida pública” não permite ao Estado financiar um veículo para o malparado.

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22 de Fevereiro de 2017 às 14:00
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que "os supervisores têm de garantir que os bancos estabelecem metas ambiciosas para a redução do crédito malparado e são incentivados a retirarem estes activos dos seus balanços, forçando-os a aumentarem o nível de cobertura" do malparado por provisões", refere a entidade liderada por Christine Lagarde, na quinta avaliação da economia portuguesa depois da saída da troika.

 

Para o FMI, "uma limpeza generalizada dos balanços é essencial para quebrar o ciclo vicioso entre bancos fracos, elevado malparado e fraco crescimento". Daí que defenda a necessidade de "haver um plano previsível, credível e com limites temporais" que defina os esforços que os bancos "para anular e reestruturar a herança de activos não rentáveis".

 

No entanto, o Fundo afasta a possibilidade de o processo de limpeza de malparado ser feito através da criação de um veículo destinado a resolver o problema do conjunto do sector que seja financiado pelo Estado. "O elevado nível de dívida pública não deixa espaço fiscal para permitir o financiamento público de um ‘banco mau’, tornando essencial que os bancos sejam capazes de levantar capital privado adicional".

 

Para viabilizar a atracção de recursos privados que permitam assegurar a limpeza dos balanços dos bancos, o FMI recomenda "alterações estruturais na estrutura de governo interno dos bancos que eliminem a incerteza sobre o tratamento dos activos não rentáveis e sobre os critérios usados na concessão de novos créditos".

 

De acordo com o relatório, o Governo está a "ponderar uma abordagem mais sistémica" para lidar com os activos não rentáveis dos bancos e admite avançar com medidas de supervisão, legais e judiciais para "fortalecer os balanços dos bancos e reduzir o elevado nível de endividamento do sector não financeiro".
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