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Financiamento dos bancos juntos das autoridades monetárias em mínimos desde o resgate

Segundo dados do Banco de Portugal, o recurso das instituições financeiras portuguesas ao financiamento de bancos centrais caiu, no terceiro trimestre, para o nível mais baixo desde o início do resgate ao país.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 27 de Dezembro de 2016 às 16:12
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No terceiro trimestre deste ano, o recurso dos bancos portugueses ao financiamento de bancos centrais diminuiu, passando a representar 6,5% do total do activo do sistema bancário nacional. Este é não só o valor mais baixo desde o início do programa de assistência financeira a Portugal, como significa praticamente metade do nível máximo registado em Junho de 2012: 12,5% do total do activo.

Esta é uma das conclusões do "retrato" do sistema bancário português, no terceiro trimestre deste ano, divulgado esta terça-feira, 27 de Dezembro, pelo Banco de Portugal.

No período em análise, além do financiamento junto de bancos centrais, também o financiamento obtido no mercado interbancário decresceu, enquanto os depósitos aumentaram. Em relação ao final de 2015, o financiamento interbancário caiu 4,8% e os depósitos totais diminuíram 0,4%.

O Banco de Portugal destaca que, em base comparável, "o financiamento interbancário decresceu 2,5% entre o final de 2015 e o terceiro trimestre de 2016 e os depósitos totais diminuíram 0,7%".

No período entre Julho e Setembro, a redução do activo total do sistema bancário continuou, suportada principalmente pelo crédito. Face ao final de 2015, o activo total diminuiu 3,4% e o crédito 2%.

A redução do crédito e, em menor medida, o aumento dos recursos de clientes face ao segundo trimestre ditaram a diminuição do rácio de transformação no trimestre em análise.

Já o rácio de crédito em risco situou-se em 12,6% - menos 0,1 pontos percentuais face ao trimestre anterior – reflectindo sobretudo, os desenvolvimentos no segmento das sociedades não financeiras, no qual se conjugou uma diminuição do crédito em risco e um aumento do crédito.

"Nos primeiros nove meses do ano, a rendibilidade dos capitais próprios e do activo sofreu uma quebra substancial em relação ao período homólogo, mantendo-se, ainda assim, positiva", lê-se ainda no relatório do Banco de Portugal. Esta diminuição foi determinada sobretudo "por uma redução dos resultados relacionados com operações financeiras, que tinham sido expressivos em 2015". 

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