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Fidelidade vai emitir 250 milhões em dívida
A Fidelidade vai avançar para uma emissão de dívida subordinada. A hipótese estava já em aberto, por ter ficado por receber 378 milhões de euros em prestações suplementares entregues pela Fosun.
A Fidelidade vai avançar com uma emissão de dívida junto de investidores privados. O objectivo é colocar pelo menos 250 milhões de euros. O passo é dado na próxima semana.
Em causa está uma operação de emissão de 250 milhões de euros, segundo dados divulgados pela 4Cast e confirmados pelo Negócios, em instrumentos de dívida que integrem o patamar de capital Tier 2, e que tenham uma maturidade de dez anos, ou seja, com vencimento em 2028.
Como o Negócios deu conta esta terça-feira, a emissão de dívida subordinada (Tier 2) é uma possibilidade para resolver o facto de a Fosun ter ainda a receber 378 milhões de euros da seguradora portuguesa.
Este ano, a Fidelidade devolveu aos seus accionistas parte das prestações suplementares recebidas em 2015, em proporções equivalentes à sua participação (122 milhões, pelos 85% da Fosun; 21,5 milhões, devido aos 15% da CGD). Foi no montante das prestações devolvidas que ambos aumentaram o capital da companhia presidida por Jorge Magalhães Correia (na foto).
Contudo, ficaram por devolver 378 milhões ao accionista chinês, que não foram reembolsados para assegurar a consolidação da empresa, em especial para dar força à sua expansão internacional.
A questões colocadas pelo Negócios, a Fidelidade respondeu que a solução para que o montante não permaneça como prestação suplementar passava por duas hipóteses: podiam ser realizados empréstimos subordinados, "em condições paritárias na proporção accionista actual"; ou podia passar por uma ida ao mercado, com a colocação de títulos de dívida subordinada (Tier 2), "apenas e se as condições de mercado forem favoráveis".
É esta última possibilidade que avança. O "road-show" para contactar investidores privados para atrair para os títulos de dívida começa na próxima sexta-feira.