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Direitos de voto da Capital Group Companies no BES baixam fasquia de 2%

A Capital Group Companies reduziu a sua percentagem total de direitos de voto no BES para 1,98%.

Negócios 18 de Novembro de 2014 às 14:29
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Em comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, o Banco Espírito Santo informa que o Capital Group Companies alienou direitos de voto da instituição "da qual resultou uma redução da percentagem dos votos para um limiar abaixo dos 2%".

 

"A alienação resulta de uma transacção ocorrida no dia 4 de Novembro de 2014. Na sequência da transacção, o número total de direitos de voto passa a corresponder a 1.112.836, correspondentes aos direitos de voto associados a 111.283.674 acções e a uma percentagem total de direitos de voto de 1,98%", pode ler-se no comunicado do BES.

 

Os direitos de votos são detidos através da empresa Capital Research and Management Company, da qual a The Capital Group Companies é a sociedade mãe. Nenhuma destas empresas detém acções do BES por conta própria, sendo detidas em contas sob a gestão discricionária da Capital Research and Management Company.

 

O Banco Espírito Santo é, neste momento, um veículo financeiro com os activos problemáticos herdados do antigo BES. Era o BES que tinha, por exemplo, a participação no BES Angola que, depois da intervenção angolana no banco, ficou reduzida a nada. Tem outros activos, como os depósitos congelados de ex-administradores e da família Espírito Santo. São posições cuja recuperação é difícil.

 

As acções do banco estão suspensas desde 1 de Agosto mas continuam a ter lugar negociações fora de bolsa.

 

O Morgan Stanley, por exemplo, reforçou a sua posição no BES "mau" no dia 5 de Novembro. "A aquisição resulta de transacções executadas fora de balcão no dia 5 de Novembro de 2014, nos termos das quais a Morgan Stanley & Co. International plc. adquiriu 31.360.000 acções do BES", indica um comunicado publicado, na altura, no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

A negociação em bolsa de acções do BES está suspensa desde 1 de Agosto. Dois dias depois, o banco foi resolvido pelo Banco de Portugal. Os activos e passivos saudáveis foram transferidos para o Novo Banco; os problemáticos ficaram no BES, que passou a ser um veículo financeiro, sem capacidade para ceder crédito ou receber depósitos. O objectivo da sua administração, liderada por Máximo dos Santos, é conseguir pagar os custos que para aí foram transferidos.

 

Apesar da suspensão, é possível transaccionar títulos do BES fora do mercado regulamentado, ou seja, em negócios directos. Foi isso que o Morgan Stanley fez. Este banco é a primeira entidade conhecida que reforçou a sua posição accionista no BES desde a resolução.

 

Foram compradas quase 31,4 milhões de acções a 5 de Novembro que permitiram que o Morgan Stanley, através de várias filiais, ficasse com 118,6 milhões, uma participação equivalente a 2,11% do capital do BES "mau". A comunicação foi feita à CMVM porque a entidade a isso fica obrigada por ter superado a barreira dos 2% do capital.

 

Pelo contrário, a BlackRock, a 14 de Agosto, reduziu a sua participação, deixando de ter mais de 2%. Também neste caso a posição foi diminuída devido a transacções feitas fora de bolsa.

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