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Deutsche Bank cortou relações com “clientes de risco” após prisão de Epstein
O Deutsche Bank terá cortado relações com “um número muito reduzido” de clientes com um perfil considerado de risco após a prisão do norte-americano Jeffrey Epstein.
O banco alemão terá cortado relações com "um número muito reduzido" de clientes com algum registo criminal, depois de Jeffrey Epstein ser preso em 2019, avança o jornal Financial Times.
O Deutsche Bank terá levado a cabo uma análise interna à base de clientes após a prisão do investidor norte-americano. Conforme indicou ao FT o "chief administrative officer", Stefan Simon, esta análise terá sido feita para perceber casos "de outro clientes que foram integrados no passado mas que deveriam ser vistos de outra forma hoje em dia".
E terá sido desta forma que o banco alemão terá terminado as ligações a "um número muito reduzido" de clientes, frisando que as questões legais em causa eram bastante diferentes do caso de Epstein. O norte-americano foi acusado de vários crimes, como pedofilia e tráfico de menores. Em agosto de 2019, poucos meses depois de ter sido detido, Jeffrey Epstein foi encontrado morto na cela que ocupava na prisão de Nova Iorque.
A ligação entre o Deutsche Bank e Epstein já saiu cara ao banco alemão. A instituição financeira aceitou pagar, no ano passado, 150 milhões de dólares (cerca de 129 milhões de euros) por falhas de supervisão na relação que estabeleceu com Epstein. O banco aceitou o norte-americano como cliente em 2013, quando Epstein já tinha sido condenado a cumprir uma pena de 13 meses, ficando registado como um predador sexual.
No ano passado, o CEO do banco alemão já reconheceu que aceitar Epstein como cliente foi um "erro crítico" da instituição financeira.