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DBRS junta-se à S&P e sobe "outlook" do BCP para "positivo", mas mantém rating

A agência de notação financeira reviu em alta o outlook do BCP, justificando com a melhoria da rentabilidade, redução de ativos não perfomantes e reforço das reservas de capital.

O CEO do BCP, Miguel Maya, apresentou uma subida de 50% no lucro face a 2021 mas o banco ainda não decidiu a política de dividendos.
Mariline Alves
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Depois da S&P também a DBRS Morningstar reviu esta quarta-feira em alta o "outlook" da dívida de longo prazo do BCP de "estável" para "positivo", mantendo o rating inalterado em BBB (low), um nível acima de lixo.

A revisão da tendência justifica-se "pelo progresso feito pelo BCP ao melhorar a sua rentabilidade, reduzindo os ativos não performantes e reforçando as suas reservas de capital".

"Tanto em 2022, como no primeiro trimestre de 2023, a rentabilidade do banco beneficiou de maiores receitas principalmente devido à reavaliação do seu portfólio de empréstimos a taxa variável devido à subida das taxas de juro", começa por explicar a agência de rating canadiana.

"Os ratings e a tendência positiva também consideram a melhoria dos rácios de capital que foram suportados pela melhoria de geração de capital interno, bem como a redução dos ativos ponderados pelo risco (RWAs), devido à exclusão do risco de mercado de determinadas posições cambiais estruturais, após aprovação regulamentar", indica a DBRS.

Ainda assim, como tem sido hábito também nas notas da Fitch e S&P, a agência de rating canadiana escreve que "os ratings continuam a refletir os desafios que o banco enfrenta com os riscos legais e financeiros derivados da sua exposição a hipotecas em francos suíços da sua subsidiária polaca".

Para uma revisão em alta do rating seria "necessária uma maior redução da exposição de ativos não perfomantes e sustentadas melhorias na rentabilidade, ao mesmo tempo que é mantida uma posição de capital adequada". Já uma revisão em baixa poderá justificar-se com uma deterioração "significativa" do perfil de risco do banco e posição de liquidez, ou caso os riscos e impactos financeiros relacionados com os empréstimos em francos suíços se provem pior que o esperado.
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