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Crédito do BES sobre ESFG na Tranquilidade passa para Novo Banco
Está tomada a decisão que passa a seguradora para a gestão de Vítor Bento. À partida, a venda da Tranquilidade pode agora avançar.
A venda da Tranquilidade já pode avançar. A companhia de seguros deixou de fazer parte dos activos do Espírito Santo Financial Group, actualmente num regime semelhante à protecção de credores no Luxemburgo. Neste momento, e por decisão do Banco de Portugal, faz parte dos activos integrados no Novo Banco.
"Clarifica-se que o crédito do BES sobre o Espírito Santo Financial Group garantido pelo penhor financeiro da Companhia de Seguros Tranquilidade é transferido para o Novo Banco", indica o comunicado resultante da reunião do conselho de administração do Banco de Portugal de segunda-feira, 11 de Agosto, que alarga o perímetro dos activos que foram transferidos do antigo BES para o Novo Banco.
Esse penhor financeiro estava relacionado com o facto de o Espírito Santo Financial Group, que através da Patran detinha o capital da Tranquilidade, ter dado a seguradora como garantia da provisão de 700 milhões de euros que teve de constituir para garantir o reembolso da dívida de empresas do Grupo Espírito Santo vendida nos balções do BES, o chamado papel comercial.
Conforme já havia sido noticiado pelo Económico, o penhor em favor do antigo BES é válido mesmo apesar da gestão controlada que envolve o ESFG no Luxemburgo.
O mesmo jornal tinha já avançado que esta transição seria o último passo para que a venda da companhia se concretizasse. Assim, o capital social da Tranquilidade passa para o Novo Banco. O fundo norte-americano Apollo, que falhou a compra da Fidelidade à Caixa Geral de Depósitos, será o único interessado neste momento. A autorização para a alienação do capital da empresa foi dada, no final de Julho, pelo Instituto de Seguros de Portugal.