O Credit Suisse aumentou drasticamente os bónus especiais para reter e atrair pessoal enquanto passa por um processo agressivo de reestruturação, adiantou o Financial Times. O segundo maior banco suíço pagou 204 milhões de euros (222 milhões de francos suíços no ano passado, três vezes mais do que os 71 milhões de francos (65 milhões de euros) do ano anterior.

Os 925 destinatários destes bónus também aumentaram exponencialmente, tendo em conta que em 2014 foram 216 os que receberam os prémios, referiu o FT, citando o relatório anual do banco.

Assim, no ano passado, cada um dos beneficiados recebeu em média um bónus de 240 mil francos (221 mil euros) para compensar por prémios de que abdicaram quando abandonaram empregos anteriores.

Entre os maiores bónus está o que foi pago ao CEO Tidjiane Thiam, de 14,3 milhões de francos (13,1 milhões de euros) a título de compensação por ter abandonado as acções do seu empregador anterior, Prudential.

O Credit Suisse está a levar a cabo um processo de reestruturação que inclui a saída de 6.000 pessoas do banco e o comportamento das acções, que perderam mais 60% desde meados de 2015 está a levar a muitas críticas dos investidores quanto a estes bónus.

Os reguladores também estão preocupados com estes prémios, que podem ser uma maneira de contornar regras que impedem a atribuição de bónus em bancos que estão com problemas ou cometeram erros.

O Credit Suisse não está sozinho nesta política. Outras instituições bancárias, como o Deutsche Bank, UBS e Barclays contam com práticas semelhantes.