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Ao minutoAtualizado há 55 min17h56

Europa resiste à subida das "yields" e termina no verde

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.

Kamil Zihnioglu/AP
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há 56 min.17h55

Europa resiste à subida das "yields" e termina no verde

Os principais índices europeus terminaram a sessão em terreno positivo, com o agravamento dos juros da dívida pela Europa a pressionarem as ações. Mesmo assim, as bolsas europeias resistiram.

O nervosismo paira sobre o mercado, já que o cenário de tarifas sob a administração Presidente-eleito Donald Trump tem levado os "traders" a reavaliarem os cortes de juros pelos bancos centrais dos dois lados do Atlântico - levando a que os juros das dívidas soberanas se agravassem de modo geral.

Com a posse de Trump a aproximar-se, os investidores aguardam esclarecimentos sobre a retórica protecionista e potencial impacto na Europa. 
As negociações na Europa foram relativamente calmas, já que Wall Street está encerrada em homenagem ao dia nacional de luto pela morte do ex-presidente dos EUA Jimmy Carter.

No início da sessão, o índice de referência europeu, Stoxx 600, chegou a subir 1,5% e tocou máximos de três semanas. Ao longo da negociação foi perdendo gás e somou 0,42% para 515,84 pontos, o melhor dia no mês.

Entre os maiores impulsionadores do "benchmark" estão as ações ligadas a matérias-primas, saúde e serviços financeiros, que subiram mais de 1%. 

As mineiras negociadas na bolsa de Londres foram as que mais impulsionaram esta subida. A Antofagasta e a Anglo American ganharam mais de 3% e a Rio Tinto somou 0,5%. 

Já as vendas a retalho em Londres afundaram o setor a nível europeu. A B&M caiu 8,5% após rever em baixa o limite da previsão de lucro anual.

A suíça UBS subiu 2,88% após ter sido noticiado que está mais perto de fechar acordo com a justiça dos EUA para pagar a multa herdada do Credit Suisse e arquivar o processo de que o banco é acusado.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax foi o único a perder ao cair ligeiros 0,06%. Já o francês CAC-40 avançau 0,51%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,59% e o espanhol IBEX 35 somou 0,86%%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,77%, enquanto o britânico FTSE 100 ganhou 0,83%.

há 59 min.17h52

Juros agravam-se na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro registaram um agravamento esta quinta-feira, no dia em que o Reino Unido centrou as atenções do mercado.

Depois de esta manhã as "Gilts" a 10 anos terem estado a subir 5 pontos base para 4,843% - perto da fasquia dos 5% e em máximos de 2008 -, os juros da divida recuaram e terminaram a sessão a subir 1,5 pontos para 4,808%. 

Não existiu uma justificação clara para o movimento, mas os analistas acreditam que se deva a uma crise na confiança nas perspetivas orçamentais do governo.

Na Zona Euro, os juros das Bunds alemãs a 10 anos, de referência para a Zona Euro, agravam-se 1,9 pontos base para 2,563% - no valor mais elevado desde meados de julho.

Já as "yields" de França registaram um acréscimo de 3,9 pontos base para 3,394%, enquanto a rendibilidade das dívidas espanhola e italiana avança 3,3 e 3,4 pontos base, respetivamente, para 3,222% e 3,710%.

Por cá, a rendibilidade da dívida soberana portuguesa a dez anos subiu 0,8 pontos para 2,991%, no dia em que o país foi ao mercado.

Portugal emitiu esta quinta-feira quatro mil milhões de euros de obrigações do Tesouro (OT), com maturidade em 2035. O juro fixou-se em 3,08%, o que representa um prémio de 55 pontos face à taxa "mid swap" do euro com a mesma maturidade. 

16h12

Libra recupera para a fasquia dos 1,23 dólares. Euro em queda

A libra tocou mínimos históricos face ao dólar. O Banco de Inglaterra garante que vai subir os juros até onde for preciso para domar a inflação.

A libra recuperou para a fasquia dos 1,23 dólares, depois de ter caído abaixo desta fasquia pela primeira vez desde novembro de 2023, pressionada pela desconfiança relativamente às contas públicas no Reino Unido. Este sentimento também está a influenciar o mercado da dívida onde os juros da "gilts" britânicas agravam-se.

O euro cede 0,17% para 1,0297 dólares, depois do membro da comissão executiva do BCE Piero Cipollone ter avisado, em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sierra, que a preocupação excessiva com as pressões inflacionista pode ser prejudicial para a economia.

"Manter a procura em baixo para salvaguardar choques inflacionistas futuros, é hoje, na minha visão, contraproducente", avisou Piero Cipollone. "Uma erosão maior do potencial económico [da Zona Euro] aumentaria a pressão inflacionista, em vez de reduzi-la", acrescentou o membro da comissão executiva da autoridade monetária.

16h09

Inverno mais frio dá força aos preços do crude

Os preços do petróleo estão a recuperar da queda de mais de 1% registada na sessão anterior, num momento em que os investidores avaliam as expetativas fortes de procura por combustível no inverno, apesar dos grandes "stocks" de combustíveis dos EUA ontem divulgados e de outras preocupações macroeconómicas.

A esta hora, o contrato de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – avança 0,68% para os 73,82 dólares por barril. Já o contrato de março do Brent – de referência para o continente europeu – soma 0,68% para os 76,68 dólares.

Os analistas do JPMorgan esperam que a procura por petróleo em janeiro aumente em 1,4  milhões para 101,4 milhões de barris por dia, impulsionada pelo aumento do uso de combustíveis para aquecimento no Hemisfério Norte, já que o inverno se adivinha mais frio do que o normal.

"O mercado de petróleo luta contra forças opostas - a procura sazonal para dar apoio aos investidores e os dados 'macro' que apoiam um dólar mais forte a médio-prazo", disse à Reuters o analista da OANDA, Kelvin Wong.

O petróleo está ainda a ser pressionado pela força do dólar, que torna as "commodities", como o crude, mais caras.

A travar o "ouro negro" de maiores ganhos está a preocupação do mercado com a economia chinesa, que segue debilitada. A inflação ao consumidor cedeu ainda mais e vem contrariar os esforços do governo de reavivar o poder de compra da população.

15h47

Ouro tranquilo em máximos em dia de bolsas fechadas nos Estados Unidos

A negociação do ouro está mais tranquila esta quinta-feira, numa altura em que as bolsas estão fechadas nos Estados Unidos, em memória do ex-presidente Jimmy Carter, que morreu no final do ano passado.

Pelas 15h30, o ouro (spot) subia 0,43%, com a onça a valer 2.673,38 dólares, batendo máximos de dezembro.

A bitola da negociação do metal precioso oscila entre a divulgação das minutas da Fed, que mostraram que a Reserva Federal pretende abrandar no corte de juros diretores, e a divulgação dos dados de emprego de dezembro nos Estados Unidos, na sexta-feira.

11h28

Euribor sobe a três e a seis meses e desce a 12 meses

A Euribor subiu hoje a três e a seis meses e desceu a 12 meses face a quarta-feira, e manteve-se acima de 2,5% nos três prazos.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,789%, continuou acima da taxa a seis meses (2,649%) e da taxa a 12 meses (2,553%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje para 2,649%, mais 0,010 pontos do que na quarta-feira.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,47% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,92% e 25,58%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou hoje para 2,553%, menos 0,008 pontos.

Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou hoje, ao ser fixada em 2,789%, mais 0,007 pontos do que na sessão anterior.

Em dezembro, a média da Euribor desceu de novo a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em novembro e com mais intensidade no prazo mais curto.

A média da Euribor em dezembro desceu 0,182 pontos para 2,825% a três meses (contra 3,007% em novembro), 0,156 pontos para 2,632% a seis meses (contra 2,788%) e 0,070 pontos para 2,436% a 12 meses (contra 2,506%).

Em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez em 2024 e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 30 de janeiro em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

10h32

Europa à procura de rumo com atenções no mercado da dívida

Os principais índices europeus estão a negociar sem tendência definida, com o agravamento dos juros da dívida pela Europa a impedirem maiores ganhos, depois de o cenário de tarifas sob a administração Presidente-eleito Donald Trump ter levado os "traders" a reavaliarem os cortes de juros pelos bancos centrais dos dois lados do Atlântico.

O índice de referência europeu, Stoxx 600, desliza 0,04% para 513,48 pontos, com o retalho a ser o setor que mais desvaloriza ao perder 2%. Outros setores mais sensíveis às taxas de juro, como a banca, os serviços financeiros e setor automóvel, também desvalorizaram depois de os juros das Bunds alemãs a 10 anos, de referência para a Europa, terem atingido máximos de julho esta quinta-feira.

O sentimento na indústria automóvel alemã piorou ainda mais no final de 2024, indicou esta manhã o Instituto Ifo. O índice de clima empresarial para o setor caiu em dezembro de 2024 para menos 34,7 pontos, abaixo dos menos 32,4 pontos de novembro.

Ainda a penalizar o setor está a conclusão de uma investigação na China ao Regulamento da União Europeia relativo às subvenções estrangeiras que os responsáveis do país dizem ser uma barreira ao comércio e ao investimento e abre a porta a uma possível retaliação.

O índice britânico, o FTSE 250, mais focado em empresas domésticas, segue a desvalorizar mais de 1% para mínimos de abril.

"Até agora, o mercado estava a prever uma administração de Trump com uma narrativa de tarifas mais branda", explicou à Bloomberg Aneeka Gupta, analista da WisdomTree.

E agora "estamos a ver maiores ameaças a surgirem e ninguém está a ser poupado neste momento específico. O próximo grande catalisador será a época de resultados do quarto trimestre", acrescentou.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax perde 0,25%, o francês CAC-40 avança 0,02%, o italiano FTSEMIB cede 0,06%, o britânico FTSE 100 ganha 0,48% e o espanhol IBEX 35 soma 0,48%%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,2%.

10h22

Juros agravam-se na Zona Euro. Gilts britânicas centram atenções

As "yields" das principais obrigações soberanas europeias estão a agravar-se esta quinta-feira, com todos os olhos postos no Reino Unido.

Os juros da dívida britânica a dez anos atingiram ontem máximos de agosto de 2008, enquanto a "yield" a 30 anos chegou ao valor mais elevado em 26 anos. O movimento no mercado de obrigações está a ser relacionado pelos analistas como uma crise de confiança nas perspetivas orçamentais do governo, apesar de não existir um catalisador óbvio para o movimento.

Os juros da dívida soberana britânica a 10 anos seguem hoje a subir 5 pontos base para 4,843%, em máximos de 2008 e aproximam-se da fasquia dos 5%.

Na Zona Euro, os juros das Bunds a 10 anos, de referência para a Zona Euro, agravam-se 1,9 pontos base para 2,563% - no valor mais elevado desde meados de julho.

As "yields" equivalentes de França agravam-se 4,8 pontos base para 3,403%, enquanto a rendibilidade das dívidas espanhola e italiana avança 2,7 e 4 pontos base para 3,717% e 3,225%.

A nível nacional, as yields da dívida portuguesa a dez anos sobem 2,7 pontos para 3,01%, num dia em que a República está no mercado a realizar uma venda sindicada de dívida, cujo montante é ainda desconhecido, mas com o "guidance" inicial a apontar para um cupão de 3,1%, de acordo com a Bloomberg.

09h53

Libra penalizada por agravamento da "yield" das Gilts e desce para mínimos de novembro de 2023 face ao dólar

A libra tocou mínimos históricos face ao dólar. O Banco de Inglaterra garante que vai subir os juros até onde for preciso para domar a inflação.

A libra está a centrar atenções esta quinta-feira depois de ter atingido esta madrugada mínimos de novembro de 2023 face ao dólar. A moeda britânica segue ainda a caminho da maior queda em três sessões consecutivas dos últimos dois anos, pressionada por um forte agravamento das "yields" das Gilts britânicas.

Os juros da dívida britânica a dez anos atingiram ontem máximos de agosto de 2008, enquanto a "yield" a 30 anos chegou ao valor mais elevado em 26 anos. O movimento no mercado de obrigações está a ser relacionado pelos analistas como uma crise de confiança nas perspetivas orçamentais do governo, apesar de não existir um catalisador óbvio para o movimento.

Tipicamente, o aumento das rendibilidades da dívida soberana são um fator positivo para a moeda do país. O facto de tal não estar a acontecer poderá sinalizar que os investidores perderam confiança na habilidade do governo para manter a dívida nacional e a inflação contidas, explicou à Bloomberg Mike Ridell, gestor de portfólio da Fidelity.

A libra segue assim a desvalorizar 0,51% para 1,23 dólares e 0,52% para 1,1921 euros, mínimos de dois meses.

"Com a libra a desvalorizar estão a ser colocadas cada vez mais questões sobre se o Banco de Inglaterra poderá reduzir as taxas tão rapidamente como esperado", afirmou Jim Reid, estratega do Deutsche Bank, numa nota matinal.

"Assim, esta subida das 'yields' está a aumentar o risco de o governo quebrar as suas regras orçamentais e ter de anunciar uma maior consolidação (aumentos de impostos e/ou corte da despesa), enquanto uma moeda mais fraca irá, ao mesmo tempo, aumentar as pressões inflacionistas", completou.

09h20

Ouro aproxima-se de máximos de um mês. Investidores aguardam novos catalisadores

Os preços do ouro estão a valorizar ligeiramente, perto de máximos de um mês, com o foco a mudar para um relatório do emprego nos Estados Unidos, que será conhecido na sexta-feira, com os investidores à espera de mais sinais que forneçam maior clareza ao futuro da política monetária da Reserva Federal norte-americana.

O ouro soma 0,08% para 2.664,14 dólares por onça.

"Os preços do petróleo estão a negociar numa gama de preços contida... um novo gatilho é necessário para quebrar estes níveis de resistência", disse à Reuters Ajay Kedia, analista da Kedia Commodities.

09h02

Petróleo recua ligeiramente com investidores entre redução de "stocks" nos EUA e queda da inflação na China

Os preços do petróleo estão a recuar ligeiramente, com os investidores a pesarem dados que mostram continuada fraqueza na economia chinesa, por um lado, e uma queda dos "stocks" de crude nos Estados Unidos, por outro.

A esta hora, o contrato de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – recua 0,11% para os 73,24 dólares por barril. Já o contrato de março do Brent – de referência para o continente europeu – cede 0,09% para os 76,09 dólares.

Os dados mais recentes mostraram que em Cushing (Oklahoma) – onde o WTI é armazenado - os "stocks" chegaram a mínimos de 2014. Ao mesmo tempo, a inflação na China - o maior importador de crude do mundo - desacelerou, um sinal de que as medidas de estímulo podem não ser suficientes para reavivar a economia.

07h54

Futuros da Europa em queda ligeira. Ásia no vermelho

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 estão a recuar ligeiramente (0,12%) esta manhã, acompanhando a tendência das congéneres asiáticas.

Depois de ontem as atenções se terem centrado nos dados preliminares de sentimento económico e da confiança do consumidor da Zona Euro que caíram em dezembro, hoje o foco deverá estar nos números das vendas a retalho.

Ainda a centrar atenções estará a bolsa britânica, numa altura em que a libra negoceia em mínimos de novembro de 2023 face ao dólar e os juros das Gilts a dez anos chegaram ontem a tocar máximos de 2008. O movimento no mercado de obrigações está a ser relacionado pelos analistas como uma crise de confiança nas perspetivas orçamentais do governo, apesar de não existir um catalisador óbvio para o movimento.

Na Ásia, os principais índices estão no vermelho pelo segundo dia consecutivo, com as perspetivas de menos cortes de juros do que o esperado pela Reserva Federal a sobreporem-se a um "rally" das tecnológicas.

As bolsas chinesas seguem a reagir aos números da inflação do país que mostraram que os preços abrandaram para níveis próximos de zero em dezembro. As perspetivas menos otimistas para a economia chinesa têm sido um fator penalizador dos índices da região, depois de as últimas leituras da inflação terem sugerido que, até agora, as medidas de estímulo têm tido pouco impacto nos níveis de procura.

Na China, em Hong Kong, o Hang Seng perde 0,1%, enquanto o Shanghai Composite recua 0,58%. No Japão, o Topix cai 1,23% e o Nikkei desvaloriza 0,94%. Na Coreia do Sul, o Kospi soma 0,034%.

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