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Cidade Financeira do Santander em Madrid está à venda. E já há guerra

A Cidade Financeira do Santander em Madrid está à venda. O Santander ofereceu menos dinheiro. Mas argumenta que o vencedor não cumpre as regras.

Negócios 19 de Janeiro de 2019 às 12:58
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O Banco Santander poderá não conseguir comprar o espaço onde tem instalada a sua própria sede. Foi a concurso mas apresentou uma oferta inferior. E agora quer que se investigue o fundo que deu mais dinheiro, já que está sediado numa offshore.

O Banco Santander exigiu ao líder do concurso para a venda dos imóveis da sua Cidade Financeira que investigue o fundo dos irmãos Simon e David Reuben, sediado em paraísos fiscais, e que fez a maior oferta monetária por esse espaço, noticiou o El País.

O Santander exige que se verifique que o fundo cumpre os normativos sobre branqueamento de capitais, reputação e ética, antes do fundo ser decretado vencedor.

A Cidade Financeira está à venda depois do seu atua dono, a sociedade Marme, entrar em processo de liquidação. O espaço que tem todos os escritórios do grupo Santander em Madrid, com vários espaços para serviços, numa verdade minicidade, tinha sido vendido pelo Santander à Marme em 2008, altura em que fez um acordo de arrendamento para 40 anos. Mas com a liquidação da Marme, em mãos dos credores, o espaço foi colocado à venda, tendo recebido três ofertas. A mais elevada foi a dos irmãos Reuben, de origem indiana e radicados em Londres, através do fundo Sorlinda, que ofereceu 3.023 milhões de euros, diz ainda o EL País.

O Santander ofereceu menos 51,5 milhões, mas tem o direito de igualar a oferta. Mas como não pretende fazê-lo, porque considera que o seu oponente não cumpriu o que o contrato inicial exigia - em que ficou impedida a venda a "compradores não idóneos - e ameaça pedir uma indemnização de 750 milhões se não forem cumpridos os controlos previstos. E ameaça deixar de pagar as rendas cifradas em 120 milhões de euros.

Os irmãos Reuben podem, ainda assim, ficar a ganhar, mesmo qe não fiquem com a Cidade Financeira. É que o seu fundo comprou, no mercado secundário, dívida da Marme, pelo que uma venda a um preço superior garante aos credores mais dinheiro.

O Grupo Santander descreve a Cidade Financeira, construída na localidade madrilena de Boadilla del Monte e que entrou em funcionamento em 2004, como "uma das melhores sedes corporativas do mundo e um dos projetos mais ambiciosos e inovadores empreendidos por uma empresa espanhola, tanto em dimensão, como pelas exigências operacionais". 

A cidade empresarial ocupa 250 hectares e conta com novo edifícios de escritórios, contando com um centro informático, um centro de formação, uma residência hoteleira para trabalhadores, escola, instalações desportivas e comerciais e várias opções de restauração.
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