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CGD reduz prejuízos anuais e anula lucros trimestrais

Os prejuízos da CGD caíram 40% no ano passado, fixando-se em 348 milhões de euros. O impacto do colapso do GES, da avaliação do BCE e da redução da taxa de IRC foram os principais factores extraordinários que penalizaram o banco, sobretudo no último trimestre. Já os proveitos recorrentes mantiveram a tendência de recuperação.

Cátia Barbosa/Negócios
11 de Fevereiro de 2015 às 18:20
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A Caixa Geral de Depósitos registou um prejuízo de 348 milhões de euros no ano passado, o que representa uma melhoria de 40% face às perdas de 578,9 milhões apuradas em 2013, revela a instituição liderada por José de Matos em comunicado publicado esta quarta-feira, 11 de Fevereiro, no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

 

A diminuição dos prejuízos foi conseguida graças ao aumento dos proveitos bancários, à redução dos custos operacionais e à quebra das provisões e imparidades. Mas também ao impacto positivo da alienação da Caixa Seguros, que como a CGD já tinha divulgado anteriormente, deu um contributo positivo de 287 milhões.

 

No entanto, os resultados anuais acabaram por anular os lucros de 55,5 milhões que o banco do Estado tinha gerado nos primeiros nove meses deste ano. Isto porque, no último trimestre do ano, a Caixa teve de fazer um esforço adicional de "provisionamento na sequência do AQR", o exercício de avaliação da qualidade dos activos conduzido pelo Banco Central Europeu, esclarece o comunicado.

 

Foi no final do ano que a CGD contabilizou quase 40% do total de provisões e imparidades registadas em 2014, que totalizaram 949,6 milhões, recuando 15,6% face a 31 de Dezembro de 2013. Grande parte deste esforço, registado nos segundo e terceiro trimestres, deveu-se às perdas relacionadas com a exposição ao colapsado Grupo Espírito Santo (GES).

 

Entre o início de Outubro e o final do ano, o desempenho da CGD foi ainda penalizado pela "anulação de impostos diferidos decorrente da redução da taxa de ICR", cujo impacto líquido totalizou 85 milhões.

 

Proveitos bancários mantêm crescimento

 

Apesar dos impactos extraordinários, os principais proveitos bancários mantiveram a tendência de crescimento. A margem financeira aumentou 15,7%, para 988,7 milhões, "apesar da redução das taxas Euribor". Já as comissões líquidas mantiveram-se praticamente inalteradas, com uma subida marginal de 0,3%, para 515 milhões, enquanto a margem complementar recuou 11,5%, para 700 milhões. Reflexo da evolução conjugada destas rubricas, o produto bancário subiu 1,4%, para 1.738 milhões.

 

Por seu turno, os custos operacionais diminuíram 5,4%, para 1.327 milhões. Esta evolução reflectiu "a política de racionalização operativa e aumento de eficiência". A queda foi ainda mais acentuada nos gastos com pessoal, que recuaram 8%.

 

A subida do produto bancário e a quebra dos custos operacionais permitiram um crescimento do resultado bruto de exploração de 31,8%, para 410,8 milhões. 

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