Notícia
CGD "não presta informações falsas nem pressiona ilegitimamente os empregados"
A Caixa Geral de Depósitos classifica a acusação da Febase como "injuriosa". As explicações sobre o plano são colectivas e, quando são individuais, devem-se a pedidos dos colaboradores ou da hierarquia.
A Caixa Geral de Depósitos rejeita as acusações feitas pela Febase sobre alegadas pressões para que os trabalhadores adiram ao plano de pré-reformas. Segundo o banco público, há apenas um esforço de esclarecimento do programa que está em curso este ano.
"A direcção de pessoal não presta informações falsas nem pressiona ilegitimamente os empregados, pelo que a afirmação da Febase não tem fundamento e é injuriosa para o profissionalismo e bom nome dos colaboradores desta direcção", responde fonte oficial da Caixa, depois de confrontada com o comunicado da federação sindical.
Esta quinta-feira, a Febase, que junta por exemplo os sindicatos dos Bancários do Norte e do Sul e Ilhas, acusou a CGD de estar a "pressionar os trabalhadores para aceitarem o programa", chamando à direcção de pessoal colaboradores com idade a partir dos 55 anos para explicar o processo, mesmo que não tenham mostrado vontade em sair da instituição sob o comando de Paulo Macedo.
O banco público admite que existam esses contactos. "A direcção de pessoal da Caixa tem procurado esclarecer todos os empregados elegíveis sobre as características e condições do programa, através de uma caixa electrónica dedicada, reuniões com participações colectivas", avança a mesma fonte, que fala oficialmente em nome da CGD.
Além dessas reuniões colectivas, há também "algumas reuniões individuais, muitas delas na sequência de pedidos de esclarecimento dos próprios, outras na sequência de reuniões com as respectivas hierarquias e ainda na sequência de pedidos para a caixa electrónica".
A CGD defende que o plano de pré-reformas para este ano "proporciona, a quem aderir, as melhores condições do mercado".
Sobre as acusações da Febase relativamente à progressão de carreira, a instituição financeira não faz comentários explicativos, dizendo apenas que cumpre o Acordo de Empresa e que a federação sindical não sabe do que fala: "As afirmações relacionadas com a subida ao nível 11 demonstram em primeira mão desconhecimento de como funciona o processo das promoções por antiguidade que sempre foi cumprido pela CGD nos termos do Acordo de Empresa".
A liderança do banco público tem assegurado que não vai haver qualquer saída que não seja voluntária da instituição, ainda que esteja comprometida, no plano de reestruturação assinado com a Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia, a saída de 2.200 trabalhadores do quadro até 2020. O objectivo, que é também alinhado com o Executivo, é proceder a pré-reformas, reformas antecipadas ou rescisões por mútuo acordo.