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CEO do Novo Banco: "Fecho do acordo de capital contingente está iminente"

Mark Bourke diz-se "muito otimista" sobre o fecho antecipado do mecanismo que impede a distribuição de dividendos.

Mariline Alves
26 de Novembro de 2024 às 11:20
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O CEO do Novo Banco avança que o fecho antecipado do Acordo de Capital Contingente (CCA, na sigla inglesa) está para muito breve. 

"Estou muito otimista", afirmou Mark Bourke na conferência "Banca do Futuro" organizada pelo Negócios.

"Desta vez estou ainda mais otimista do que na última vez que me perguntaram. O fecho do CCA está iminente", avançou, reiterando que a instituição financeira controlada pela Lone Star está a "preparar-se para o próximo estágio".

O Novo Banco e o Fundo de Resolução (FdR) chegaram a acordo para o fim antecipado do CCA, o acordo assinado com a Lone Star que permitiu a injeção de 3,4 mil milhões de euros na instituição por empréstimo do Estado ao FdR. A extinção do entendimento está a ser avaliada no ministério das Finanças.

O CEO do banco afirmou há semanas que tem 1,3 mil milhões de euros prontos a distribuir em dividendos, o que pode beneficiar todas as partes envolvidas. Ganha o banco porque se torna mais apetecível para os potenciais compradores num cenário de venda, mas ganha também o Estado porque recebe muitos milhões de euros enquanto acionista.

A preparação do Novo Banco para a próxima fase envolveu, disse Mark Bourke na conferência organizada pelo Negócios, mais de 180 reuniões em "roadshows" com potenciais investidores que, garante, estão mais atentos à economia portuguesa. 

"Temos estado a preparar os investidores para a nossa história, para que possamos mais tarde voltar a eles e dizer que atingimos as nossas marcas. Descrevemos Portugal como uma economia para a qual não olharam em profundidade", disse no painel que contou com a participação dos presidentes executivos dos maiores cinco bancos.

"Não terminei uma única reunião [com investidores] das mais de 180 que tive em que as pessoas no final não mostrassem interesse em Portugal", afirmou o CEO do Novo Banco, para quem "a economia portuguesa está bem colocada no contexto atual. É pequena mas tem boas infraestruturas e uma força de trabalho com boas habilitações e os bancos estão a funcionar bem".

Uma iniciativa elogiada pelo CEO do Santander, que participou na conferência de forma remota. "Acho que é o ótimo que o Novo Banco esteja em roadshow, o feedback que tenho tido tem sido muito positivo", afirmou Pedro Castro e Almeida.

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