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CEO do Caixabank considera 2018 um "ano muito positivo" do BPI

O dono do BPI, o espanhol Caixabank, mostra-se satisfeito com os resultados obtidos pela sucursal portuguesa durante o ano de 2018. O presidente do Caixabank pretende replicar em Portugal "os principais pontos fortes" do seu modelo de negócio para dar continuidade à tendência.

# Porque Sobe - O CaixaBank vai passar a ter o controlo total no capital do BPI, esperando que a perda da qualidade de sociedade aberta, que afastará todos os accionistas minoritários, fique concluída até ao final do ano. Gonzalo Gortázar é a face do investimento do grupo espanhol no banco, que tem vindo a desfazer-se de activos em sectores não estratégicos. Também tem havido alienação de negócios do BPI ao próprio accionista. É o CaixaBank a transformar-se num banco ibérico. Com Gortázar ao leme.
01 de Fevereiro de 2019 às 12:01
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A direção do CaixaBank manifestou-se esta sexta-feira, em Valência, "muito satisfeita" com a evolução do BPI, esperando que em 2019 continue a crescer e a ganhar quota de mercado, ao mesmo tempo que mantém os custos controlados.

Na apresentação dos resultados do CaixaBank, dona do BPI, também foi sublinhado que o grupo espanhol irá continuar a estender o seu modelo de negócio à filial portuguesa, depois de no final de 2018 ter adquirido a totalidade do seu capital.

"O BPI teve um ano [2018] muito positivo" e os objetivos para 2019 são "crescer, ganhar quota de mercado, melhorar as margens financeiras, melhorar as comissões, manter o controlo dos gastos", disse o presidente executivo do CaixaBank, Gonzalo Gortázar (na foto), na conferência de imprensa em que apresentou os resultados do grupo bancário e que decorreu em Valência, Espanha.

Gortázar assegurou que o CaixaBank está concentrado no seu crescimento orgânico e não pretende adquirir qualquer outra entidade. "Estamos completamente concentrados nas operações, queremos fazer crescer o BPI e não temos nos nossos planos nenhuma operação corporativa", afirmou o presidente executivo do CaixaBank.

Por seu lado, o presidente do CaixaBank, Jordi Gual, avançou que nos próximos anos o grupo vai estar também "muito focado" em continuar a replicar em Portugal "os principais pontos fortes" do seu modelo de negócio, para assim conseguir chegar a mais clientes e oferecer mais serviços.

O grupo espanhol apresentou lucros de 1.985 milhões de euros em 2018, um aumento de 17,8% em relação a 2017.

Na informação que transmitiu hoje à Comissão Nacional do Mercado Mobiliário (CNMV) espanhola, o banco sublinha que os principais fatores que impulsionaram o crescimento verificado foram a robustez das receitas "core", a maior contribuição do BPI e a redução das dotações.

O CaixaBank realçou que fecha o exercício de 2018 com uma participação de 100% no BPI, depois de em dezembro passado a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) ter aprovado a saída da bolsa da filial portuguesa.

O banco português contribuiu com 262 milhões de euros para o lucro total da instituição espanhola (104 milhões em 2017). Contudo, o lucro consolidado do BPI em 2018 disparou e atingiu os 490,6 milhões de euros, acima do resultado de 10,2 milhões de euros registados em 2017, divulgou esta sexta-feira o banco.

Em comunicado enviado à CMVM, a instituição justifica que os "ganhos extraordinários com a venda de participações" elevaram o lucro da atividade em Portugal para os 396 milhões, o que representa 81% do resultado consolidado.

Investidores não tão satisfeitos

O banco espanhol Caixabank, dono do português BPI, está a deslizar mais de 6% em bolsa depois de ter revelado lucros para o ano de 2018 que ficaram abaixo das expectativas dos analistas. Os lucros  do Caixabank para o quarto trimestre ficaram pelos 217 milhões de euros, abaixo da pior das estimativas recolhidas pela Bloomberg. O intervalo de estimativas para este período começava nos 340 milhões de euros e ascendia até aos 470 milhões de euros.

A instituição espanhola segue a ceder 6,09% para os 3,097 euros, mas já chegou a tocar os 3,071 euros na sequência de uma quebra de 6,88%. O Caixabank torna-se desta forma o banco com as maiores perdas entre os cotados no índice de referência europeu, o Stoxx600, e arrasta para o vermelho o índice madrileno, o Ibex 35.

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