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Centeno: "Não podemos criar uma crise na tentativa de prevenir uma crise futura"
O ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo acredita que a União Bancária já não é uma miragem, mas afirma que a sua implementação terá de ser "gradual" para não causar choques nos mercados financeiros.
03 de Dezembro de 2019 às 09:08
Mário Centeno afirma que a União Bancária está agora "ao alcance". Mas o ministro das Finanças português e presidente do Eurogrupo defende que a sua implementação deverá ser "gradual" de maneira a evitar uma nova crise.
"No último Eurogrupo ficou claro que este roteiro para completar a União Bancária está ao nosso alcance. Há um novo clima de compromisso à volta da mesa", afirmou Centeno ao Público, em respostas enviadas por email.
As declarações são feitas depois de, no início de novembro, o ministro das Finanças alemão ter apoiado o sistema europeu de garantia de depósitos (EDIS). Contudo, Olaf Scholz só concordará com esse passo de maior integração europeia sob "certas condições" relacionadas, por exemplo, com a exposição dos bancos à dívida pública dos seus países.
"O erro que muitos cometeram até há pouco tempo foi olhar para o EDIS e para cada uma destas peças em isolamento", afirmou Centeno, antes da reunião do Eurogrupo que se realiza esta quarta-feira. E acrescentou: "O que está em cima da mesa é um leque amplo de iniciativas que terão de ser levadas a cabo de forma gradual, sem provocar qualquer sobressalto nos mercados financeiros. Não podemos criar uma crise na tentativa de prevenir uma crise futura".
"No último Eurogrupo ficou claro que este roteiro para completar a União Bancária está ao nosso alcance. Há um novo clima de compromisso à volta da mesa", afirmou Centeno ao Público, em respostas enviadas por email.
"O erro que muitos cometeram até há pouco tempo foi olhar para o EDIS e para cada uma destas peças em isolamento", afirmou Centeno, antes da reunião do Eurogrupo que se realiza esta quarta-feira. E acrescentou: "O que está em cima da mesa é um leque amplo de iniciativas que terão de ser levadas a cabo de forma gradual, sem provocar qualquer sobressalto nos mercados financeiros. Não podemos criar uma crise na tentativa de prevenir uma crise futura".