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Carlos Costa convidado a manter-se no Banco de Portugal

Passos Coelho convidou Carlos Costa para se manter à frente do regulador bancário por mais cinco anos. O gabinete do primeiro-ministro não confirma a informação pelo Expresso. O Económico avança que o governador já aceitou o convite a que o Banco de Portugal não reage.

Bruno Simão/Negócios
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Carlos Costa não vai dizer adeus ao Banco de Portugal. Foi convidado a renovar o seu mandato. Elogiado pelos banqueiros e criticado pelos deputados da comissão parlamentar de inquérito, o governador deverá manter-se por mais cinco anos à frente do regulador bancário.

 

A notícia foi avançada pelo Expresso e pelo Económico esta sexta-feira. O semanário diz que o primeiro-ministro já se decidiu por convidar Carlos Costa. O Económico avançou que o governador já aceitou continuar como governador.

 

"Não confirmamos nada, nem sabemos de onde surgiu essa informação. A seu tempo haverá mais informações", respondeu ao Negócios o gabinete de imprensa de Pedro Passos Coelho. O Ministério das Finanças, que é a pasta da tutela e que faz directamente o convite, não comenta. Não foi possível ainda obter uma reacção do próprio Banco de Portugal.

 

Há uma semana que eram várias as notícias em torno da manutenção de Carlos Costa no cargo. Sexta-feira, Pedro Passos Coelho deu uma entrevista elogiosa ao Sol para com o governador mas adiantou não haver decisão. "Já vi notícias de que o Governo tinha decidido não reconduzir o governador, e que havia já uma lista com vários nomes. Essa lista não existe. Ainda não falei com a ministra das Finanças sobre essa matéria, mas ela sabe que eu tenho uma visão muito positiva do mandato do actual governador, que não foi escolhido por nós, mas pelo anterior Governo, mas que nem por isso deixou de fazer um bom mandato", disse Passos Coelho. Sábado, o comentador Luís Marques Mendes afirmou que o primeiro-ministro queria a recondução no Banco de Portugal. "Passos Coelho admite manter Carlos Costa", escreveu na terça-feira o Diário de Notícias. Agora, há confirmação do convite por dois jornais.

 

Carlos Costa, cujo mandato termina em Junho de 2015, não é um nome consensual no Parlamento, como é visível pelas conclusões do relatório da comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES. Actuação "tardia" e fiscalização com "várias fragilidades" foram algumas das considerações feitas pelo deputado relator Pedro Saraiva, do Partido Social Democrata. A oposição tem-se mostrado contra a designação do governador como seu próprio sucessor.

 

Não é certo sob que legislação será designado o novo governador do Banco de Portugal. Há uma nova lei, que obriga a uma audição do convidado para líder do regulador. Mas o diploma ainda aguarda promulgação, pelo que está em vigor o antigo enquadramento legal, que não prevê essa audição.

 

Costa encontra-se no supervisor do mercado financeiro desde 2010, substituindo Vítor Constâncio. Com a manutenção no cargo, vai continuar a acompanhar o processo de alienação do Novo Banco, como também a resolução dos problemas de clientes do antigo Banco Espírito Santo e dos processos contra-ordenacionais em curso.

 

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