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CaixaBank vai devolver 977 milhões de euros da ajuda concedida ao Banca Cívica

A devolução da ajuda ao FROB deverá ser feita ainda em Março. A entidade bancária tem também em curso a compra do Banco de Valência, pelo qual deverá pagar 0,005 euros por acção, que também recebeu ajudas do fundo de reestruturação.

08 de Março de 2013 às 13:17
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O banco, que é o maior accionista do BPI, deverá devolver, ainda durante este mês, os 977 milhões de euros de ajudas públicas que a Banca Cívica recebeu do Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB). O capital foi injectado na forma de acções preferenciais em 2011. A devolução da ajuda foi anunciada esta sexta-feira pela Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, noticia o “El Mundo”.

 

Segundo o CaixaBank, que absorveu o Banca Cívica em Agosto de 2012, a decisão de devolver o capital público “reflecte a solidez financeira do CaixaBank”, afirma a entidade liderada por Isidre Fainé em comunicado. No final de 2012, o CaixaBank dispunha de 11% de capital mínimo e de uma liquidez de mais de 53,092 milhões de euros.

 

O FROB injectou capital no Banca Cívica a 11 de Fevereiro de 2011, mediante a subscrição de acções preferenciais emitidas pelo Banca Cívica no valor de 977 milhões de euros.

 

A aquisição do Banca Cívica, resultado da fusão dos Bancos de Navarra e de Burgos, do Cajasol e do Caja Canárias, tornou o CaixaBank na primeira entidade financeira de Espanha, quando avaliada por activos (342 mil milhões de euros), depósitos (179 mil milhões) e créditos (231 mil milhões).

 

O CaixaBank tem ainda em curso a compra do Banco de Valência (BdV). O banco do La Caixa tem em estudo a aquisição do BdV através de uma troca de acções, o que implicaria a valorização da entidade bancária valenciana em menos de 0,01 euros por título. O preço rondará os 0,005 euros por acção, o valor contável da entidade, avança o “Cinco Días”.

 

O CaixaBank comunicou à CNMV, no final desta quinta-feira, que está a equacionar a realização “de uma fusão por absorção do BdV durante o exercício de 2013”, cita o jornal espanhol. “A eventual proposta de fusão e troca de acções vai ser estudada nas próximas semanas pelas entidades competentes do CaixaBank e do BdV para a oportuna consideração e validação por peritos financeiros”.

 

De acordo com o relatório anual de 2012 do BdV, o património líquido do banco, no final do último ano, era de 2.235 milhões negativos. No entanto, o banco ajustou as suas contas através da injecção de capital do FROB, no valor de 4.500 milhões, e da troca de títulos preferenciais e dívida subordinada, no valor de cerca de 416 milhões. A troca de acções supõe ainda um encaixe de 100 milhões adicionais. Após estas operações de saneamento, o BdV contava com um saldo positivo de 2.365 milhões de euros.

 

Para se calcular o valor contabilístico da acção é necessário dividir os 2.365 milhões de euros pelo número total de títulos, que ascende aos 459.904 milhões. O resultado é 0,0051 euros por acção e será com base neste valor que a aquisição do BdV será feita.

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