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CaixaBank revê plano estratégico até 2018 em altura de OPA ao BPI

O produto não está a crescer como o previsto e o corte de custos do CaixaBank pode ser a solução na revisão do plano estratégico que está em curso, segundo o El Confidencial. Uma pressão adicional em época de OPA ao BPI e de corrida ao Novo Banco.

17 de Outubro de 2016 às 12:07
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O CaixaBank está a rever o seu plano estratégico para o período 2015-2018. A notícia, do El Confidencial, tem como base fontes anónimas mas é confirmada ao jornal por fontes oficiais do banco catalão.

 

Segundo a notícia do periódico espanhol, o CaixaBank, dono de 46% do BPI e que está neste momento com uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre o resto do capital, está a analisar internamente os ajustamentos ao plano estratégico definido no ano passado.

 

Por exemplo, o ROTE (retorno sobre o capital tangível) previsto situava-se entre 12% e 14%. Contudo, neste momento, o plano está a trabalhar sobre um rácio de cerca de 9%, já que a estimativa inicial não é passível de ser cumprida. O novo número foi comunicado pelo grupo liderado por Gonzalo Gortázar (na foto) a bancos de investimento, de acordo com informação obtida pelo El Confidencial.

 

A descida das taxas de juro, afectando as margens financeiras dos bancos, justifica a revisão dos objectivos estratégicos do CaixaBank. O jornal adianta que a opção deverá passar pela actuação nos custos sobretudo na rede de balcões, já que é o que tem a maior dispersão de agências por toda a Espanha.

 

Os custos também fazem parte das preocupações na OPA que o CaixaBank lançou sobre o BPI. Poupanças de 84 milhões de euros são a meta, 39% através do corte de custos gerais, 45 milhões com o pessoal, sobretudo através de reformas antecipadas e "lay-offs".

 

A atenção aos rácios revelados aos investidores já fez com que o CaixaBank vendesse acções próprias para financiar a OPA ao banco português encabeçado por Fernando Ulrich. O plano estratégico do CaixaBank estabelece um rácio de capital de nível 1 (CET1), que mede o peso do melhor capital da instituição, entre 11% e 12%, e a OPA ao BPI, sem essa venda de acções próprias, faria com que os rácios ficassem aquém desses números.

 

O BPI está assim nas mãos de um grupo que está sob pressão para cumprir as suas metas. Uma ida ao Novo Banco por parte do banco português, um dos quatro concorrentes na venda directa da instituição financeira, terá sempre de ter em conta os objectivos estratégicos da Catalunha. Já houve notícias a dar conta da oposição do CaixaBank à aquisição do Novo Banco mas nunca a informação foi confirmada ou desmentida. 

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