Notícia
CaixaBank "tranquilo" com venda de posição em Angola
O BPI terá que reduzir a sua posição em Angola, por imposição do BCE, mas o CaixaBank está "tranquilo" com esse desinvestimento e a "explorar possibilidades".
O BPI terá que reduzir a exposição a Angola, mas não existem prazos para esse desinvestimento. O CaixaBank, que controla mais de 84% do banco português, está "tranquilo" com esta exigência, sublinhando que o Banco de Fomento de Angola (BFA) continua a ser rentável. Ainda assim, está a "explorar possibilidades", revelou na conferência de imprensa de apresentação de resultados de 2017.
"Existe um compromisso com o BCE de desinvestimento [em Angola], mas sem prazos", afirmou Jordi Gual, presidente do conselho de administração do CaixaBank, em conferência de imprensa de apresentação de resultados de 2017.
"O BFA é um banco que, no ano passado, teve uma boa rentabilidade. É um banco bem gerido e com índices de rentabilidade bem geridos", acrescentou Gonzalo Gortázar. "O objectivo é reduzir essa participação, mas sem prazo. Com tranquilidade, veremos qual é a melhor saída para o BPI e para o BFA que continua a ser um banco extremamente rentável", acrescentou o presidente executivo. "Estamos tranquilos com a nossa posição mas estamos a explorar possibilidades", frisou.
A necessidade de o BPI reduzir a sua exposição a Angola resultado do facto de a supervisão deste país africano ter perdido o estatuto de equivalência face à fiscalização europeia.
O BFA foi o grande responsável pela quebra de 97% dos lucros do BPI no ano passado. Os 320 milhões de euros de impactos não recorrentes relativos a Angola levaram a perdas de cerca de 111 milhões de euros nas operações internacionais do BPI.
*A jornalista viajou para Valencia a convite do CaixaBank