Notícia
Buraco nas contas do Fundo de Resolução agrava-se em 2020
O ativo do Fundo de Resolução totalizava 342,9 milhões de euros em 2020, enquanto o passivo ascendia a 7.657 milhões de euros no ano passado. Os recursos próprios são, assim, de 7,3 mil milhões de euros negativos.
Os encargos com a capitalização do Novo Banco voltaram a agravar a situação líquida do Fundo de Resolução no ano passado. No final de 2020, o veículo liderado por Luís Máximo dos Santos tinha recursos próprios de cerca de 7,3 mil milhões de euros negativos, valor que representa uma deterioração de quase 300 milhões de euros em relação ao ano anterior.
Os números foram conhecidos esta terça-feira, 16 de novembro, no relatório e contas relativo ao exercício de 2020, publicado pelo Fundo de Resolução, que justifica o agravamento das contas com a provisão de 429 milhões de euros constituída para dar resposta ao pedido feito pelo Novo Banco ao abrigo do mecanismo de capital contingente.
"A 31 de dezembro de 2020, os recursos próprios do Fundo apresentavam um saldo negativo de 7.314 milhões de euros, o que representa um agravamento do saldo negativo em 294,1 milhões de euros face ao nível de recursos próprios observado no ano anterior", pode ler-se no relatório. "Em 2020, foi constituída uma provisão referente a medidas de resolução no valor de 429.021 milhares de euros, cuja contrapartida é refletida como uma redução dos recursos próprios", detalha ainda o documento.
No ano passado, recorde-se, o Fundo de Resolução transferiu cerca de 317 milhões de euros para o Novo Banco, menos do que o montante pedido pela instituição. Em avaliação está ainda um montante de 112 milhões de euros, que poderá somar-se àquele que já foi pago, que diz respeito a uma divergência quanto à política de contabilidade da exposição do Novo Banco à dívida pública.
A pesar sobre as contas do Fundo de Resolução estiveram, ainda, os prejuízos de 135,3 milhões de euros reportados no ano passado.
Por outro lado, o fundo obteve receitas de 270 milhões de euros, que resultam de contribuições recebidas direta ou indiretamente do setor bancário e, ainda, de dividendos distribuídos pela Oitante (veículo que gere os ativos que sobraram do Banif), no valor líquido de 13,4 milhões de euros.
Feitas as contas, o ativo do Fundo de Resolução ascendeu a 342,9 milhões de euros em 2020, uma redução superior a 20 milhões de euros em relação ao ativo que se registava no final de 2019. Já o passivo ascendia a 7.657 milhões de euros no ano passado, levando a que os recursos próprios ascendam aos tais 7,3 mil milhões de euros.
Apesar da nova deterioração das contas, ressalva o Fundo de Resolução, 2020 foi o ano em que foi registada a redução menos expressiva nos recursos próprios desde 2015, ano a partir do qual a situação patrimonial deste veículo começa a deteriorar-se devido às resoluções do Banco Espírito Santo (BES) e do Banif.
"A redução dos recursos próprios resultante do pagamento devido ao Novo Banco ao abrigo do [mecanismo de capital contingente] e de outras responsabilidades ainda decorrentes da aplicação de medidas de resolução (408,8 milhões de euros) foi menor em cerca de 632,1 milhões de euros face ao valor que havia sido registado em 2019 (1.040,9 milhões de euros)", indica o relatório.
Os números foram conhecidos esta terça-feira, 16 de novembro, no relatório e contas relativo ao exercício de 2020, publicado pelo Fundo de Resolução, que justifica o agravamento das contas com a provisão de 429 milhões de euros constituída para dar resposta ao pedido feito pelo Novo Banco ao abrigo do mecanismo de capital contingente.
No ano passado, recorde-se, o Fundo de Resolução transferiu cerca de 317 milhões de euros para o Novo Banco, menos do que o montante pedido pela instituição. Em avaliação está ainda um montante de 112 milhões de euros, que poderá somar-se àquele que já foi pago, que diz respeito a uma divergência quanto à política de contabilidade da exposição do Novo Banco à dívida pública.
A pesar sobre as contas do Fundo de Resolução estiveram, ainda, os prejuízos de 135,3 milhões de euros reportados no ano passado.
Por outro lado, o fundo obteve receitas de 270 milhões de euros, que resultam de contribuições recebidas direta ou indiretamente do setor bancário e, ainda, de dividendos distribuídos pela Oitante (veículo que gere os ativos que sobraram do Banif), no valor líquido de 13,4 milhões de euros.
Feitas as contas, o ativo do Fundo de Resolução ascendeu a 342,9 milhões de euros em 2020, uma redução superior a 20 milhões de euros em relação ao ativo que se registava no final de 2019. Já o passivo ascendia a 7.657 milhões de euros no ano passado, levando a que os recursos próprios ascendam aos tais 7,3 mil milhões de euros.
Apesar da nova deterioração das contas, ressalva o Fundo de Resolução, 2020 foi o ano em que foi registada a redução menos expressiva nos recursos próprios desde 2015, ano a partir do qual a situação patrimonial deste veículo começa a deteriorar-se devido às resoluções do Banco Espírito Santo (BES) e do Banif.
"A redução dos recursos próprios resultante do pagamento devido ao Novo Banco ao abrigo do [mecanismo de capital contingente] e de outras responsabilidades ainda decorrentes da aplicação de medidas de resolução (408,8 milhões de euros) foi menor em cerca de 632,1 milhões de euros face ao valor que havia sido registado em 2019 (1.040,9 milhões de euros)", indica o relatório.