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"Board" do Novo Banco ganhou mais 12% no ano passado

Além dos 2,6 milhões de euros pagos ao conselho de administração executivo, o banco poderá pagar ainda aos membros do "board", a título do desempenho de 2020, um prémio de 1,86 milhões.

António Cotrim/Lusa
05 de Maio de 2021 às 01:47
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O Novo Banco pagou 2.606.044 euros aos nove membros do seu Conselho de Administração Executivo (CAE) em 2020. Considerando, para termos de comparação, os mesmos oito membros que tinha em 2019, o NB despendeu no ano passado 2.576.809 euros com os seus administradores executivos, ou seja, mais 11,92% face aos 2.302.332 euros pagos um ano antes.

 

Em 2019, o banco liderado por António Ramalho tinha desembolsado 320.000 euros a título de "sign-on bonus" com a entrada em funções de Mark Bourke como novo administrador executivo. Agora, em 2020, pagou o mesmo valor, também a título de prémio de contratação, pela entrada de um nono administrador: Andres Baltar Garcia.

 

O novo membro do "board" recebeu ainda 29.235 euros – já incluídos no montante pago ao conselho de administração executivo – de salário pela sua entrada em funções a 1 de dezembro passado.

 

Desses nove membros, Jorge Cardoso, Vítor Fernandes e José Eduardo Bettencourt renunciaram aos seus mandatos com efeitos a 30 de novembro, tendo permanecido disponíveis para a transição, refere o relatório e contas da instituição financeira.

 

Cada um destes três administradores recebeu 68.750 euros por essa mesma disponibilidade, num total de 206.350 euros.

 

António Ramalho auferiu um salário efetivo de 367.457 euros em 2020. Com mais 32.543 euros diferidos (isto é, que serão pagos mais à frente), o montante de 2020 ascenderá a 400.000 euros – e o valor total pago pelo CAE será de 2.638.587 euros.

 

Um ano antes, o presidente executivo do NB teve precisamente a mesma remuneração total de 400.000 euros: 357.037 euros de salário efetivo, mais 42.963 euros diferidos.

 

A instituição bancária, que em 2020 registou perdas de 1.329,3 milhões de euros, refere ainda que poderá pagar a partir de 2022 uma remuneração variável de 1,86 milhões de euros por conta do desempenho individual e coletivo de cada membro em 2020 – estando este prémio sujeito à "verificação de condições diversas".

 

O Novo Banco sublinha que este prémio de 1,86 milhões foi totalmente diferido, não havendo lugar a quaisquer pagamentos até ao final do período de reestruturação, definido até 31 de dezembro deste ano. Esta remuneração variável poderá sofrer ajustes, salienta.

 

No passado dia 26 de março, aquando da apresentação das contas de 2020, António Ramalho disse que o banco que lidera passaria de prejuízos a lucros no primeiro trimestre de 2021.

 

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