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BES reforça no Moza Banco após comprar 18,9% do banco moçambicano a Stanley Ho
Apesar de comprar quase 20% do seu capital social à empresa de Stanley Ho, o banco liderado por Ricardo Salgado continua a ser o segundo maior accionista do Moza Banco, com 44% do capital. O valor da operação não foi avançado.
O Banco Espírito Santo acordou, através do BES África, aumentar a participação no banco de Moçambique Moza Banco para 44% do seu capital social.
Conforme indica o comunicado divulgado através da Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM), o BES, que já detém 25,1% do Moza Banco, celebrou um acordo nesta quinta-feira, 16 de Maio, para comprar outros 18,9% no banco.
A aquisição será feita ao terceiro maior accionista, a sociedade de investimentos Geocapital, que é detentora, até aqui, de 24,5% do capital social desta instituição financeira. Desta forma, a empresa luso-macaense controlada por Stanley Ho e Jorge Ferro Ribeiro passa a ter uma posição de pouco mais de 5% no Moza Banco.
Apesar do reforço de posição para 44% do capital social do Moza Banco, a Moçambique Capitais, uma empresa de investimentos daquele país africano, continua a ser a sua accionista maioritária, com 50,1% do seu capital.
A operação de aumento da participação no capital social por parte do BES no banco moçambicano, cujo capital social é 42,5 milhões de dólares (33 milhões de euros), “está sujeita à verificação de um conjunto de condições, entre as quais a obtenção dos consentimentos e autorizações necessários à operação”, avisa o banco no comunicado.
O valor da operação não é assinalado no documento enviado ao regulador do mercado de capitais.
O BES entrou na entidade financeira africana em Janeiro de 2011 e, quando foi anunciado, em Outubro do ano anterior, foi indicado um investimento de 7,1 milhões de euros para a compra de 25,1% do capital a que se juntou outro 1 milhão de euros devido à participação num aumento de capital.
No seu site, o Moza Banco indica que a entrada do banco português na sua estrutura accionista “veio alavancar a actividade do banco, permitindo uma maior aceleração no processo de expansão da rede, reforçando a infra-estrutura tecnológica da instituição, e beneficiando-se do know-how e especialização do Banco Espírito Santo nas áreas de negócio ‘corporate’, ‘private’ e retalho”.
Em África, o banco presidido por Ricardo Salgado está presente, entre outros, em Angola, com o BESA, e Cabo Verde. Neste momento, a instituição está a apostar na sua vertente internacional, nomeadamente Espanha, onde perdeu recentemente a corrida para a compra do Gallego. Foi ainda, no último mês, noticiado o interesse do grupo Espírito Santo em entrar na Colômbia.
