A Bolsa de Lisboa encerrou a última sessão da semana em terreno positivo, impulsionada em grande parte pelo Banco Espírito Santo mas também com as acções da Jerónimo Martins e da EDP a dinamizarem.

O PSI-20 subiu 0,86% para os 6.115,53 pontos, contando com as valorizações de 14 cotadas. Na Europa Ocidental, a valorização do índice de referência português foi apenas inferior à da bolsa grega (ganhou 2,84%).

O índice geral Stoxx Europe 600 somou 0,2%, acompanhando os avanços que se registam em Wall Street, com o índice de confiança dos consumidores norte-americanos a subir mais do que o esperado em Maio e a animar as praças. A Europa está na sua quarta semana de ganhos.

Em Lisboa, depois do recuo de ontem, o BES subiu 3,58% para negociar nos 0,81 euros. O banco anunciou ontem a compra de uma participação de 18,9% no Moza Banco, ficando com 44% do seu capital social da instituição moçambicana.

No seu todo, as empresas do sector financeiro marcaram as maiores valorizações de Lisboa. Num dia em que as taxas de juro associadas à dívida portuguesa caíram para níveis inéditos desde 2008, as acções da banca subiram. O BPI ganhou 1,49% para 1,09 euros ao passo que o Banif encerrou nos 11,5 cêntimos com um avanço de 2,68%. O BCP não seguiu a tendência, fechando inalterado nos 10,6 cêntimos por acção.

Do lado dos ganhos em Lisboa, a Jerónimo Martins ganhou 1,22% para negociar nos 17 euros, ao passo que a Sonae avançou 0,52% para os 0,769 euros. O presidente do Conselho de Administração da Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos, mostrou-se esta quinta-feira agradado com as operações da empresa na Colômbia, afirmando que "as vendas são superiores às estimativas que tínhamos no momento da abertura". 

Em alta fechou igualmente o sector energético. A EDP terminou o dia nos 2,638 euros com um ganho de 1,15% sendo que a EDP Renováveis subiu 1,23% para os 4,11 euros. A REN somou 0,86% para 2,35 euros.

A Galp Energia, com os preços do petróleo a subirem nos mercados internacionais, marcou uma valorização de 0,16% para os 12,465 euros.

Sonaecom recua 6% com “ex-dividendo”

A Sonaecom foi a empresa que impediu uma maior subida da praça de Lisboa. A dona da Optimus entrou hoje em “ex-dividendo”, ou seja, as suas acções deixaram de dar direito ao recebimento dessa remuneração accionista bruta (antes de impostos) de 12 cêntimos. As acções, que fecharam a sessão anterior nos 1,748 euros, perderam hoje 6,18% para os 1,64 euros.

Ao ajustar-se o valor de quinta já sem o dividendo (1,628) registar-se-ia uma subida de 0,74%. Contudo, a evolução que pesa para o desempenho do índice é a da queda de 6,18% em comparação com os 1,748 euros.

Ainda do lado das perdas esteve a Portugal Telecom, com um recuo ligeiro de 0,08% para os 3,537 euros.

(Notícia actualizada às 17h00 com mais informações)