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BES preparou-se para substituir Nomura no crédito ao ESFG

O BES estava a preparar um financiamento ao Espírito Santo Financial Group (ESFG) para substituir o banco japonês Nomura como financiador da participação da "holding" no último aumento de capital do BES.

Bruno simão
13 de Janeiro de 2015 às 15:50
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O BES estava a preparar um financiamento ao Espírito Santo Financial Group (ESFG) para substituir o banco japonês Nomura como financiador da participação da "holding" no último aumento de capital do BES. Isabel Almeida reconheceu que esta operação ia contra as determinações do Banco de Portugal, mas garante que estava convicta de que não estava a incumprir.

 

"Não senti que não estava a incumprir" na preparação de uma operação de financiamento do BES ao ESFG para substituir o empréstimo que esta holding obtivera junto do Nomura para acompanhar o último aumento de capital do banco, garantiu Isabel Almeida. Um crédito que violava as determinações do Banco de Portugal para que o BES não aumentasse a exposição ao grupo Espírito Santo.

 

"Confiava no presidente da minha comissão executiva, [Ricardo salgado]. Sabia que estava a ser negociado um acordo com o Banco de Portugal, no sentido de o banco se substituir à Nomura. E achei que o banco ia convencer o regulador da bondade dessa operação, apesar de estar em causa o banco a financiar o seu próprio accionista".

 

Além das determinações do supervisor, por lei, este tipo de exposição tem de ser abatido ao capital dos bancos. Uma alteração legislativa tomada na sequência do caso BCP, em 2008.

 

"Já tinha feito os cálculos sobre o impacto da dedução desse capital aos fundos próprios do banco. Tínhamos que abater esse valor. Mas o objectivo era evitar uma maior pressão do mercado", explicou Isabel Almeida.

 

No entanto, o financiamento do BES acabou por não acontecer. "O BdP não veio a aprovar aquela operação. A Nomura acabou por vender a 14 de Julho as acções do BES no mercado. Teve que ser solicitado o acordo do sindicato para quebrar o ‘lock up’ que impedia a venda das acções durante seis meses".

 

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