O Banco de Portugal espera ofertas vinculativas pelo Novo Banco por volta de Maio. Mas já admite "desconto" na venda, ou seja, deverão existir perdas para o banco - as ofertas deverão ser abaixo dos 4,9 mil milhões de euros de capitalização.

"Espera-se ofertas indicativas no início do ano e ofertas vinculativas a meio do segundo trimestre do próximo ano", admitiu Carlos Costa na audição de 17 de Novembro da comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES. O governador tem a "indicação de que há interessados".  

Em Portugal, tanto o Santander Totta como o BPI já anunciaram que estão a analisar e a estudar uma eventual aquisição. Mas esperam ainda que haja um balanço inicial, que está à espera do aval do Banco Central Europeu.

Carlos Costa defende que se o Novo Banco encontrar um interessado "que ofereça um valor com desconto pequeno" ter-se-á "passado ao lado da tempestade".

O Novo Banco recebeu uma injecção do fundo de resolução da banca de 4,9 mil milhões de euros, 3,9 mil milhões com recurso à linha de capitalização da troika e cerca de mil milhões com contributo do sector financeiro. Qualquer venda abaixo deste valor terá de ser enfrentada pela banca, sendo que a CGD e o BCP são aqueles que poderão ter de enfrentar maiores perdas dado que são os que mais contribuem para o fundo de resolução.