A decisão de fazer um aumento de capital para antecipar a devolução da ajuda do Estado "conduzirá a uma melhoria na margem financeira de cerca de 50 milhões de euros por trimestre", ou seja, no total "500 milhões de euros na margem financeira e em mais de 300 milhões de euros em resultado líquido, em relação ao plano de reembolso anterior", revela o BCP, no prospecto do aumento de capital.

De acordo com o novo calendário, o banco de Nuno Amado irá liquidar todo o apoio público até ao início de 2016, quando anteriormente o reembolso dos instrumentos de capital contingente subscritos pelo Tesouro podia ser concretizado entre 2014 e 2017.

A margem financeira também irá beneficiar do reembolso de títulos realizado em 2011, "da melhoria contínua do 'spread' pago nos depósitos a prazo de -239 pontos base em 2013 para cerca de -175 pontos base em 2014, cerca de -150 pontos base até 2015 e cerca de -75 pontos base até 2017, e da evolução favorável do spread médio da carteira de crédito, associada à alteração do mix da carteira de crédito, com reforço do peso dos empréstimos concedidos a empresas e redução do peso do crédito à habitação", adianta o BCP, sem quantificar o resultado destas medidas.