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BCP analisa todas as operações no mercado

O CEO do banco garante não ter tido contactos com as Finanças sobre Montepio. Mas garante que analisa todas as operações. Quanto ao Novo Banco, empréstimos ao Fundo de Resolução só em condições de mercado.

DR
28 de Setembro de 2020 às 22:07
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O BCP garante não ter sido contactado pelo Ministério das Finanças no sentido de uma compra ou fusão com o banco Montepio. Miguel Maya, presidente do banco, citado pela Bloomberg, que apontou o crescimento orgânico como estratégia do banco, não descartou, contudo, outro tipo de abordagem, no futuro, caso “surjam operações que justifiquem uma análise rigorosa”. Para já, Miguel Maya reforça que a “proteção do balanço do banco é a prioridade absoluta” e diz não ter sido contactado pelas Finanças por causa do Montepio.

Esta foi a reação de Miguel Maya, à margem da cimeira do turismo, à notícia do Expresso que dava conta de que o BCP estaria disponível para uma fusão com o Banco Montepio em caso de ser necessária uma intervenção.

Num outro dossiê, o do Novo Banco, Miguel Maya admitiu financiar o Fundo de Resolução - para cobrir o dinheiro para o Novo Banco que o Estado deixaria de emprestar - “em condições de mercado”. O presidente do BCP dá conta que “se houver disponibilidade para encontrarmos outro modelo [de contribuições], se calhar o BCP também pode equacionar estar disponível para fazer esse financiamento”, disse, salientando, porém, que o BCP “nunca” fará “um financiamento se não for em condições de mercado”, disse o presidente da instituição, citado pela Lusa.

Mas sobre esse financiamento do Fundo de Resolução pelos bancos – para que o Estado não tenha de entrar com mais dinheiro sob a forma de empréstimo, já que este é um dos pontos em negociação a propósito do Orçamento do Estado para 2021 – o presidente do BCP, Miguel Maya, disse que o tema deve ser analisado com o “máximo cuidado e rigor”, afirmando não ter qualquer decisão tomada sobre esta matéria.

Miguel Maya transmitiu esta posição à margem da V Cimeira do Turismo Português, depois de ter sido questionado sobre a possibilidade de virem a ser encontradas fontes de financiamento alternativas ao Fundo de resolução sem ser através de empréstimos públicos. Miguel Maya aproveitou para reforçar a sua posição, ainda assim, de que o modelo de contribuições para o Fundo de Resolução em vigor “não é sustentável” e “cria desvantagens competitivas” para os bancos que criam emprego e prosperidade em Portugal”. 

 

Como gestor, tenho obrigação de olhar para todas as operações que possam ser colocadas em mercado. Miguel maya
Presidente do BCP citado pelo Eco

 

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