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Bankia espera pagar dividendos em Abril
O Bankia, uma das instituições financeiras resgatadas em Espanha, registou lucros de cerca de 1.000 milhões de euros em 2014 e pretende pagar dividendos aos accionistas em Abril, avança o jornal Cinco Días.
O Bankia, um dos bancos alvo de resgate em Espanha, pretende pagar 25% dos lucros de 2014 em dividendos, em Abril, noticia o jornal económico espanhol Cinco Días, esta quarta-feira. Este valor deve representar cerca de 250 milhões de euros em dividendos, ou seja, 2 cêntimos por acção.
A Comissão Europeia e o Banco Central Europeu já aprovaram esta intenção no final de Janeiro, uma vez que o banco já cumpre os rácios de capital exigidos do acordo com as regras de Basileia III, a aplicar em 2019. O Bankia alcançou já um rácio superior a 10,5%. Em 2014, o banco resgatado registou lucros entre os 950 milhões e os 1.000 milhões de euros.
Este dividendo representa a primeira contribuição do Bankia para os cofres do Banco Financeiro y de Ahorros (BFA), banco público espanhol, que é actualmente o principal accionista na instituição financeira. A intenção de pagar aos accionistas fazia parte do plano de acção a três anos do Bankia, que está agora a terminar. A estreia no pagamento deverá acontecer entre Abril e Junho, depois da reunião de accionistas que terá lugar, previsivelmente, no final de Março, antevê o Cinco Días. O pagamento será feito em efectivo, por oposição à prática da concorrência - como o banco Santander, BBVA e banco Popular -, que paga os dividendos em crédito ou novas acções.
O Bankia deverá começar, assim, a devolver as ajudas públicas recebidas em 2012, no valor de cerca de 22.424 milhões de euros. O resgate do banco foi avaliado num total de 41 mil milhões de euros, um dos valores mais elevados de sempre na Zona Euro.
A intenção de pagar aos accionistas fazia parte do seu plano de acção a três anos, que está agora a terminar. A estreia no pagamento deverá acontecer entre Abril e Junho, depois da reunião de accionistas que deverá realizar-se no final de Março, antevê o Cinco Días.
Esta intenção avança apesar da incerteza dos custos judiciais que o banco enfrentará com a saída da bolsa em Julho de 2011. Na semana passada, o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, estimou em 600 milhões de euros os gastos com as disputas judiciais. O Estado, que detém 62% do Bankia, através do Banco Financeiro y de Ahorros (BFA), teria que pagar assim 372 milhões de euros. Os restantes 228 milhões seriam pagos pelo Bankia.