A contribuir para esta redução das perdas esteve a "melhoria do produto bancário, redução dos custos de estrutura, apesar de penalizados pelo registo de custos de restruturação não recorrentes, e a evolução favorável das unidades operacionais descontinuadas".

No entanto, o resultado líquido foi também penalizado pela constituição de imparidade extraordinária constituída no 2º trimestre, sublinha o banco, que a 1 de Outubro passado deixou de ter obrigações garantidas pelo Estado. Com efeito, nessa dará anunciou que tinha pago ao Estado o valor que faltava dos empréstimos com garantia pública e que era de 595 milhões de euros.

O Banif aponta também a redução de cerca de 1.590 milhões de euros entre Setembro de 2013 e Setembro de 2014 no financiamento junto do BCE.

Nos primeiros nove meses do ano, o banco reportou também uma melhoria da margem financeira, que registou uma subida de 10,2% em termos homólogos para 95,1milhões de euros, "reflectindo os efeitos do processo de ajustamento do modelo de negócio em curso, que se consubstancia numa estratégia de reposicionamento comercial do Banif, direccionada para a oferta de produtos de maior valor para o segmento empresarial e focada numa política de redução de custos de financiamento através de uma maior selectividade na captação de recursos".

Registou igualmente uma melhoria do produto bancário, que subiu 63,6%, em termos homólogos, para 271,3 milhões de euros, "em resultado da recuperação da margem financeira, da melhoria dos resultados em operações financeiras e de outros resultados de exploração", acrescenta o comunicado do banco liderado por Jorge Tomé (na foto).

Já o rácio de common equity tier 1, calculado de acordo com as regras da CRD IV/CRR aplicáveis em 2014 (regime transitório), situou-se em 9,7% a 30 de Setembro de 2014, acima do nível mínimo requerido pelas autoridades reguladoras.

O Banif encerrou inalterado na sessão de hoje, a valer 0,65 cêntimos.