Notícia
Bancos pagam menos para garantir depósitos em 2016
As contribuições dos bancos para o Fundo de Garantia de Depósitos diminuem este ano. No entanto, têm de ser feitas em dinheiro, não podendo ser asseguradas através da apresentação de compromissos de pagamento. Caixas agrícolas também pagam menos.
Os bancos vão pagar menos para o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) em 2016, uma vez que o Banco de Portugal decidiu reduzir a taxa contributiva para 0,0001%, contra a percentagem de 0,005% que vigorou no ano passado, de acordo com a instrução publicada pelo supervisor a 29 de Dezembro.
Esta taxa incide sobre a média mensal dos depósitos dos titulares abrangidos pela garantia, ou seja, até 100 mil euros por titular de conta e por instituição financeira. No entanto, a percentagem é ajustada em função do nível de solidez de cada banco, pelo que, entidades com rácios mais baixos farão uma contribuição maior para o FGD.
Apesar da redução da taxa base, os bancos terão de fazer as contribuições para o Fundo exclusivamente em dinheiro, uma vez que o Banco de Portugal decidiu que "as instituições de crédito participantes não podem, no ano de 2016, substituir a sua contribuição anual ao FGD por compromissos irrevogáveis de pagamento", refere a instrução do supervisor.
Além da redução da taxa contributiva, também o valor da contribuição anual mínima diminui, passando de 4.000 euros, montante em vigor no ano passado, para 80 euros em 2016.
A tendência de redução das contribuições destinadas a assegurar o reembolso de depósitos quando as instituições que os guardam não tenham capacidade para o fazer verifica-se ainda no sistema de protecção aplicado às instituições de crédito agrícola.
A taxa contributiva que estas instituições vão pagar este ano para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo é de 0,0014%, contra a percentagem de 0,015% que vigorou em 2015, valor que incide sobre o saldo médio dos depósitos elegíveis.